NA BAHIA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO e INSTAGRAM
João Rebello como Sig em Vamp (1991) e em foto do Instagram; DJ foi assassinado na Bahia
Ex-ator mirim da Globo e sobrinho do diretor Jorge Fernando (1955-2019), João Rebello foi assassinado aos 45 anos na noite de quinta (24). Ele foi atingido por disparos de arma de fogo dentro do próprio carro. Conhecido como DJ Vunje, o artista se destacou como Juninho em Bebê a Bordo (1988) e Sig em Vamp (1991).
O crime aconteceu na Praça da Independência, localizada no centro de Trancoso, destino turístico de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.
Segundo a Polícia Civil de Porto Seguro, Rebello estava sozinho no veículo. Pela posição do corpo, ele ocupava o banco do motorista no momento do ataque. De acordo com relatos de testemunhas, dois homens em uma motocicleta se aproximaram do carro do ex-ator e atiraram à queima-roupa.
Ainda não se sabe se o carro estava parado ou em movimento quando foi alvejado. As circunstâncias, motivação e autoria do crime serão investigadas pela 1ª Delegacia Territorial (DT - Porto Seguro).
Longe dos holofotes, João Rebello trabalhava como produtor, DJ e também era diretor de clipes musicais. Ele era filho da atriz Maria Rebello, irmão da atriz Maria Carol Rebello e neto de Hilda Rebello (1924-2019). Em setembro, a irmã de Jorge Fernando contou nas redes socias que os filhos estavam morando na Bahia.
Em conversa com a revista Quem, Maria Carol Rebello afirmou que estava a caminho de Trancoso e que "não está em condições de falar" com a imprensa.
João Rebello participou de várias novelas anos 1980 e 1990. Interpretou Maneco em Cambalacho (1986) e esteve nos elencos de Bebê a Bordo, Deus nos Acuda (1992), Vamp, Vira Lata (1996) e Zazá (1997). Fez ainda uma participação em Divertics (2013-2014), humorístico dirigido por Jorge Fernando.
Em 2018, o ex-ator mirim deu uma entrevista ao quadro Por Onde Anda do Vídeo Show (1982-2019) e recordou seus papéis nas novelas.
Ele começou em Cambalacho, aos oito anos. "Minha mãe era nada menos do que Fernanda Montenegro", valorizou. Também citou seu personagem em Bebê a Bordo: "Era chorão. Era um moleque que trazia essa parada de comédia. Os pais eram dois neuróticos, o Tony Ramos e a Ines Galvão".
João contou como foi desafiar o vampiro vivido por Ney Latorraca em Vamp. "Fiz vários amigos, tinha uma galera maneira. Tive que ler dois livros de Freud [1856-1939] com 11 anos. Eu fui um dos únicos da novela que não virei vampiro. No final, virou um apocalipse de vampiro. O meu personagem é da resistência", comentou.
Também elogiou Glória Menezes, com quem contracenou em Deus nos Acuda. "É uma pessoa incrível. Aprendi bastante coisa com ela", afirmou. Recordou ainda a amizade com Betty Lago (1955-2015), de quem foi filho na novela Vira Lata. "Ela quis me conhecer, me chamou para conversar. Criou uma ligação muito legal", contou.
Rebello ainda explicou a mudança de profissão. "Sempre adorei cinema, fui estudar isso. Tive a oportunidade de ir para Londres estudar câmera, teoria de cinema. Voltei cheio de ideias, de começar a inventar e criar coisas. Não só encenar, mas poder produzir."
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