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INVESTIGAÇÃO

Ativista diz que equipe de Neymar ofereceu suborno para abafar caso de homofobia

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Neymar Jr. e Agripino Magalhães

Neymar Jr. foi denunciado por Agripino Magalhães e agora é investigado pelo crime de homofobia

Após denunciar Neymar Jr. ao Ministério Público por homofobia, o ativista Agripino Magalhães compareceu ao 15º DP de São Paulo, localizado no bairro Itaim Bibi, na quarta-feira (10) para prestar seu depoimento sobre o caso. Aos policiais, ele afirmou que pessoas ligadas ao jogador o ameaçaram de morte e lhe ofereceram suborno para desistir do caso. Ele não aceitou.

O Notícias da TV obteve uma cópia do Termo de Declarações, assinado pelo delegado Igor Vilhora Noya, onde constam os principais tópicos citados por Agripino em seu depoimento. Ele relata ameaças de morte, roubo de seu aparelho celular, recebimento de mensagens de ódio nas redes sociais, e também uma tentativa de suborno de R$ 350 mil para que ele retirasse a denúncia.

"Alega o declarante que recebeu telefonema de um indivíduo que se identificou como sendo 'Laranjo', mandando que apagasse todas as postagens sobre o áudio e que desistisse da representação contra o Neymar, pois era pessoa influente e conhecido da promotora de Justiça da cidade de Tupã, e chegou a lhe oferecer o valor de R$ 350 mil, o que o declarante não aceitou", diz parte do documento registrado na delegacia.

Além de ativista pelos direitos LGBTQ+, Agripino Magalhães também é suplente de deputado estadual pelo PSB. Em seu depoimento, ele afirmou que precisou mudar de endereço residencial para manter sua integridade física, pois chegou a ser perseguido presencialmente, até ser abordado por dois indivíduos, que subtraíram seu telefone celular.

A reportagem procurou a assessoria de Neymar Jr. para comentar as declarações do ativista em seu depoimento, mas nenhuma resposta foi dada até a publicação deste texto.

Entenda o caso

Na madrugada de 3 de junho de 2020, Tiago Ramos foi levado às pressas a um hospital de Santos (SP) após se machucar durante uma briga com Nadine Gonçalves, mãe de Neymar. De acordo com relatos, ele teria dado um soco em uma mesa de vidro e acabou se ferindo profundamente.

No dia seguinte, Neymar se reuniu com seus "parças" no Twitch, site de transmissão de jogos online, e ali teve a conversa que acabou vazando. Ao relatar a briga aos amigos, ele chamou Ramos de "viadinho" e "aquele dá o cu do caralho".

Na conversa, um dos amigos do jogador, que não foi identificado, sugeriu de fazer "justiça" com as próprias mãos. "Vamos matar, enfiar um cabo de vassoura no cu dele", afirmou o rapaz.

Assim que tomou conhecimento do áudio, Agripino denunciou o craque do Paris Saint-Germain e pediu sua prisão preventiva, bem como a apreensão de seu passaporte e uma indenização de R$ 2 milhões, que seria doada a ONGs que atendem o público LGBTQ+. Na época, o Ministério Público declinou todos os pedidos e arquivou o caso.

Mas, por conta dessa denúncia, o ativista passou a receber ameaças de morte e de ódio, de cunho homofóbico, e voltou a denunciar Neymar e os donos dos perfis que o importunaram pela web. Desta vez, a Polícia acatou a denúncia e abriu um inquérito, ordenando o início do processo de investigação.


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