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CARCINOMA BASOCELULAR

Câncer de pele 'sorrateiro' de Marília Gabriela pode levar a diagnóstico errado

Reprodução/Instagram

Marília Gabriela sorridente, cabelo cacheado, óculos de grau e camisa xadrez

Marília Gabriela passou por cirurgia para retirada de um câncer de pele no nariz no dia 8 de março

MARÍLIA BARBOSA

marilia@noticiasdatv.com

Publicado em 12/3/2021 - 6h45

Marília Gabriela foi submetida a uma cirurgia no último dia 8 no Hospital lsraelita Albert Einstein, em São Paulo, para retirada de um câncer de pele na narina esquerda. A jornalista de 72 anos passa bem após o procedimento, mas descobriu que o tumor "sorrateiro", como ela definiu, pode levar o paciente ao diagnóstico errado se não souber avaliar suas características da maneira correta.

No Instagram, a atriz publicou uma foto com um curativo no nariz e detalhou o problema, originado a partir de uma espinha que apareceu em seu rosto. O que parecia ser uma lesão inofensiva, transformou-se em algo muito mais sério.

"Uma espinha que apareceu na minha narina esquerda e não saía mais. Meu querido doutor Otávio não gostou do que viu e me mandou para exames aprofundados que resultaram, uma semana e meia depois, numa cirurgia para retirada de um sorrateiro carcinoma basocelular", descreveu.

Sheila Ferreira, médica do Centro Paulista de Oncologia, explica que o câncer de pele, em muitos casos, pode se assemelhar a lesões benignas. Por conta disso, o paciente precisa ficar atento aos sinais para saber identificar quando é necessário procurar ajuda.

"Os principais sinais que os pacientes devem ficar atentos não é apenas uma espinha, um machucado ou uma pinta comum, mas sim, a evolução da doença: lesões que não cicatrizam, que aumentam de tamanho ou que sangram com facilidade, são suspeitas e devem ser avaliadas por especialistas", pontua em entrevista ao Notícias da TV.

A oncologista também analisa os sintomas da lesão de acordo com uma regra de fácil memorização: o ABCDE:

A - Assimetria: se pegar uma lesão e dividi-la em quatro partes e observar que cada pedaço tem uma forma diferente, um tamanho diferente, isso indica uma assimetria da lesão, uma lesão suspeita. 

B - Bordas: uma lesão com bordas irregulares. 

C - Cor: diferentes tonalidades de marrom ou cinza em uma pinta --várias cores em uma mesma lesão. 

D - Diâmetro: lesões maiores do que seis milímetros chamam a atenção. 

E - Evolução: lesões que mudam suas características ao longo do tempo --um machucado que não cicatriza, que sangra; uma pinta que aumentou de tamanho e mudou de cor. 

Sheila destaca que o carcinoma basocelular identificado em Marília Gabriela "é o mais prevalente entre todos os tipos de câncer de pele e tem baixa letalidade". Por isso, ele pode ser curado totalmente quando é detectado precocemente, como foi o caso da apresentadora. A melhor forma de tratamento para estes casos é a cirurgia. "Só esse tipo de procedimento já é o suficiente para que o paciente fique curado desse tipo de tumor", ressalta.

Pós-operatório

O paciente deve ter alguns cuidados após a realização de um procedimento cirúrgico para retirada de um tumor. "Limpeza adequada para evitar infecções e estar sempre atento à ferida operatória; deve-se procurar atendimento médico no caso de saída de pus no local, aumento da temperatura e vermelhidão que aumenta sua extensão, pois são os sinais de alerta para uma possível infecção", ressalta a profissional.

A oncologista argumenta que o principal causador do câncer de pele é a exposição excessiva ao sol. Por isso, o paciente deve usar e abusar do protetor solar diariamente com reaplicação a cada duas horas.

Além disso, ele pode adotar como outras medidas preventivas o uso de chapéus de aba larga, óculos escuros, roupas apropriadas que cubram as áreas do corpo expostas, e evitar a exposição ao sol nos períodos de maior incidência dos raios ultravioleta, entre às 10h e às 16h.

"A recomendação de se utilizar o protetor solar mesmo dentro de casa, pois as janelas de vidro não são capazes de bloquear os raios ultravioletas, podendo acelerar a incidência de rugas e manchas, além de contribuir para o surgimento do câncer de pele. Não é incomum fazermos atividades próximas às janelas e recebermos a radiação sem proteção. Outro motivo é que os danos causados pela radiação são cumulativos, então quanto menos estivermos expostos, melhor."

A médica destaca que a luz proveniente de lâmpadas artificiais também podem potencializar os efeitos relacionados ao envelhecimento, manchas e rugas.

"O hábito de passar protetor solar deveria ser como o de escovar os dentes, todos os dias, de tão importante que ele é na prevenção do câncer de pele", completa ela.


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