Alice Braga se revolta com nova exigência em testes para atores: 'Seguidores'

Famosa no Brasil e no exterior, Alice Braga não está feliz com os novos modelos de teste de seleção de atores para projetos audiovisuais. Agora, competência e interpretação não são os únicos parâmetros para a conquista de um personagem. É preciso também ter influência nas redes sociais .

"Começaram a pedir número de seguidores em teste de elenco. Isso é um absurdo; não deveria ser medida para nada. Como vamos empregar pessoas incríveis que são desconhecidas?", questiona a artista de 38 anos em entrevista à Trip FM.

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A exposição no universo digital é algo que, apesar de fazer parte da carreira, traz certo incômodo para a Alice, cuja personalidade é mais reservada.

"Era tímida, mas tinha um lado que era ativado para poder me comunicar com as pessoas. Ao passo em que fui ganhando mais reconhecimento, de uma forma natural, comecei a querer proteger meus personagens, porque quanto mais a gente sabe da vida do ator, do que ele faz, menos você compra aquela pessoa. Existe, sim, essa demanda da mídia social", aponta.

Quando iniciou sua carreira como atriz, Alice Braga sonhava em trabalhar na Globo. Mas todos os caminhos a levaram para o cinema. No início dos anos 2000, atuou em Cidade de Deus (2002) e Cidade Baixa (2005). A partir daí, sua carreira despontou em Hollywood, e ela chegou a atuar até em Esquadrão Suicida (2021). Hoje, Alice não se arrepende da solidez do seu trabalho, construído fora da emissora líder de audiência.

"Cresci querendo fazer Globo, mas tive algumas oportunidades mágicas no cinema. Foi um caminho que as coisas tomaram que devo muito aos meus pais, que me mantiveram no colégio e fizeram questão que eu vivesse as fases da vida. Você vê que pessoas estão saindo de contratos com a Globo para ficarem mais livres. Essa pluralidade é muito importante para dar força para a nossa indústria, principalmente nesse momento em que o governo ataca a cultura", defende.