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MORTE NO TRÂNSITO

Advogado minimiza tragédia e defende Bruno Krupp: 'Coisa de jovem'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Bruno Krupp em ensaio fotográfico

Bruno Krupp em ensaio fotográfico; advogado minimizou tragédia protagonizada pelo modelo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 7/8/2022 - 22h01
Atualizado em 7/8/2022 - 22h43

William Penna, advogado de Bruno Krupp, minimizou a atitude do modelo, que atropelou e matou um adolescente no Rio de Janeiro. Neste domingo (7), o defensor afirmou que o influenciador digital estava empolgado, pois havia acabado de adquirir uma moto: "Coisa de jovem".

"Ele [Krupp] adquiriu a moto dois dias antes da [blitz da] Lei Seca, ele estava alucinado, era o sonho do garoto. Ali, o limite é 60 km/h. Ele devia estar a 80 km/h, no máximo 100km/h, não sei", complementou Penna em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record.

Três dias antes do acidente, Krupp tinha sido parado em uma blitz, e os oficiais constataram que ele estava sem carteira de habilitação. Na ocasião, o rapaz se negou a fazer o teste do bafômetro e a moto estava sem placa.

"Ele estava no interstício de uma habilitação, ele tinha que fazer algumas horas aula ainda. O que [os agentes] falaram para ele foi que não podia andar com a moto sem placa. Naquele dia, a moto estava sem placa", afirmou Penna. Segundo o Detran do Rio de Janeiro, Krupp foi multado devido a falta da placa no veículo, a falta da habilitação e a recusa do teste do bafômetro.

Durante a entrevista com a repórter Paloma Poeta, o advogado disse que seu cliente "tem 25 anos com uma mentalidade de um garoto de 15". "Ele estava despontando como modelo. Ele não tinha ainda o controle daquela máquina e, quando freou, desequilibrou e foi justamente na direção [do adolescente]", reforçou Penna.

Antenor Lopes, diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital do Rio de Janeiro, destacou que, na sua visão, Krupp deve responder judicialmente por homicídio doloso, quando existe a intenção de matar. "Isso foi corroborado pelo Ministério Público e pela magistrada de plantão. Então, em um primeiro momento, esse caso vai ser encaminhado ao Tribunal do Júri", ressaltou.

Penna também conversou com a equipe do Fantástico, da Globo, e voltou a utilizar o argumento da juventude de Krupp. "Talvez uma infantilidade, um momento impensado. Coisa de um jovem que nunca teve um brinquedo, uma moto, um carro. Exibicionismo, né?", opinou.

O advogado discordou do pedido de prisão preventiva do modelo, que segue detido. "Acho que não podemos seguir com o mesmo peso de um homicídio doloso, que ele tinha intenção de matar. Acho isso aí um exagero da autoridade policial. Tenho várias testemunhas para serem ouvidas, que estavam com ele e que podem afiançar que não houve dolo", comentou Penna.

Confira a entrevista para a Record:

Entenda o caso

Em 30 de julho, Bruno Krupp atropelou e matou um adolescente de 16 anos. O modelo não tem habilitação e dirigia uma moto sem placa em alta velocidade -- ao menos 150km/h, segundo a Justiça.

"Eu não bebi, não usei drogas, foi um acidente. Gente, pelo amor de Deus. Eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido. pode ter certeza que queria que o pior tivesse acontecido comigo", afirmou Krupp em um vídeo divulgado pelo g1, na última quarta (3).

No momento da colisão, a vítima atravessava a rua ao lado da mãe. O acidente foi tão violento que o adolescente teve a perna esquerda amputada na hora, e o membro foi parar a 50 metros do local. Câmeras flagraram Krupp trafegando em alta velocidade momentos antes.

Um homem que trabalha em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, local da tragédia, contou que o modelo sempre passava por lá com a moto acelerada. "Ele é conhecido, todo fim de semana passa aqui. Aquelas motos barulhentas, passa aqui voado, e quando a gente olha ele já está bem longe", afirmou a testemunha ao portal de notícias da Globo.

No sábado (6), Krupp deixou o hospital onde estava internado e foi transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, onde segue preso. 

Neste domingo, o modelo sofreu uma derrota na Justiça, que não aceitou o pedido de "urgência qualificada" para a análise de um habeas corpus. O caso voltará a ser analisado nos próximos dias.


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