SOBREVIVEU AO PAREDÃO
REPRODUÇÃO/GLOBO
O ritmo lento e pouco empolgante de Alan dificulta o trabalho da edição, que sofre para encontrar bons momentos do brother
GABRIEL PERLINE
Publicado em 27/2/2019 - 5h59
A atual temporada do Big Brother Brasil é a pior da história em termos de elenco, mas em meio a toda a catástrofe da falta de assunto e do conteúdo desinteressante que os confinados geram para o público do reality show da Globo, um participante se destaca como o mais irrelevante e desnecessário: o catarinense Alan.
Na noite de terça-feira (26), ele foi salvo pelo público em sua terceira passagem pelo paredão, recebendo apenas 24,06% dos votos. Isabella, a eliminada da semana, saiu com 63,81%. Tereza, que também foi salva, teve 12,13%.
A permanência de Alan no reality show, no entanto, é um dos mistérios da temporada. O empresário está há 45 dias confinado e não produziu nada de significativo no programa.
A edição de terça-feira (26) deixou evidente que a equipe sofre para encontrar momentos interessantes do rapaz para exibir nos compactos diários.
Como de costume em noites de eliminação, há um momento em que o apresentador exibe como foram as últimas horas dos emparedados no confinamento. O momento de maior destaque de Alan foi durante o almoço, em que ele disse frases curtas após receber uma série de elogios de Rodrigo. Super empolgante --só que não!
A edição também resolveu mostrar alguns números "impactantes" do jogador. Ele meditou 12 vezes, chorou em 11 ocasiões e foi chamado de "anjinho" 224 vezes.
De tão apagado que está no jogo, levou uma bronca de Tiago Leifert no último domingo (24), quando precisou justificar sua permanência na casa. O apresentador disse que foi a primeira vez que o catarinense construiu frases longas e elaboradas desde que entrou na casa. O tempo de seu discurso não chegou a 30 segundos.
Nem mesmo nas semanas em que formou casal com Hana ele conseguiu se sobressair. Passa horas dormindo. Quando não está na cama, vai à academia. Não participa de conversas polêmicas. Fala pouco. Ouve os amigos, mas evita dar sua opinião sobre qualquer coisa. Não faz jogo. Não é competitivo. Ama todo mundo. Pede desculpas quando vota em alguém. Medita. E dorme.
Para a sociedade, é um ser humano admirável. Para um reality show, é um componente dispensável e que deveria ser eliminado na primeira oportunidade.
O que Boninho viu de interessante nele durante o processo de seleção é um grande mistério. E o que leva o público a salvar Alan das eliminações é outro enigma desta temporada.
Com a saída de Isabela, que começou a protagonizar uma guerra ainda em estágio embrionário com Elana, a Globo perde mais uma oportunidade de criar histórias e movimentar o jogo, e fica sustentando dez pessoas mais desinteressantes que a mobília da casa.
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