SEGUIDORES NÃO SÃO TUDO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Jade Picon e Arthur Aguiar no BBB 22: participantes ganham com redes sociais após fim do reality
Arthur Aguiar, vencedor do BBB 22, levou R$ 1,5 milhão para casa, mas está longe de conseguir o mesmo faturamento de Jade Picon no Instagram. Antes mesmo de ir para o reality show, a influenciadora já tinha uma quantidade expressiva de engajamento nas redes sociais, e o programa da Globo só potencializou seu poder de fortuna. O ator também era ativo, mas sua renda não vinha apenas da internet.
Pessoas com o status de ex-BBB normalmente não fecham os famosos publiposts, mas sim campanhas. Nesses contratos, as publicações são independentes do padrão em que ela será veiculada (foto, vídeo ou story), e o perfil tem mais autonomia para direcionar o conteúdo.
À pedido do Notícias da TV, o publicitário Jonathas Groscove, empresário e dono da agência Groscove, explica que alguém da gama de Jade, com mais de 20 milhões de seguidores e alta relevância, não fecha um trabalho por menos de R$ 500 mil. Já Aguiar e sua mulher, Maíra Cardi --que também ganhou visibilidade com o reality-- devem cobrar em média R$ 150 mil. Hoje, o ator tem 13,6 milhões de fãs, e a coach, 8,3 milhões.
"O sucesso de venda de um produto não está atrelado a quantas pessoas veem o produto, mas sim quantas fazem uma ação [comprar ou indicar, por exemplo]. Com as redes sociais, é a mesma coisa. Não é a quantidade de seguidores, mas o engajamento dentro da página. Seguidores são quantas pessoas viram, engajamento são quantas pessoas reagiram ao que a pessoa posta", revela.
"Em números reais, uma conta com posicionamento de marca, com um influenciador que sabe se comunicar e tem 200 mil seguidores vindos dos meios legais e reais, por exemplo, é muito mais simples para fechar negociações ou projetar retornos financeiros milionários", completa Groscove.
Mesmo que uma personalidade tenha uma influência absurda, nada pode ser feito sem um bom planejamento de marketing e estratégias para alcançar objetivos e nichos específicos. Paulo André Camilo, por exemplo, cresceu o volume de seguidores no Instagram, mas sempre atuou como atleta, não como influenciador digital.
Caso o segundo colocado do BBB 22 queira investir na internet, será como qualquer outro iniciante: sem contratos longos e caros. "Ele pode ter aberturas dentro do esporte, que pode converter contratos maiores. Se ele for tentar se manter também como influenciador, vai ganhar preços de mercado de artistas iniciantes, podendo ter muitas coisas inicialmente atreladas à permuta, que não envolve trocas financeiras", afirma o especialista.
Número de seguidores também não é tudo. Com o fim do Big Brother Brasil, é normal que o público pare de seguir os ex-confinados por perder o interesse no conteúdo, mas o engajamento depende de muitos fatores para ser mantido. A partir daí, o ex-brother precisa reconquistar essas pessoas.
"A personalidade tem que entender que a queda parte da falta de interesse que as pessoas têm em algo. Você se torna desinteressante quando não entende o timing do mercado: quando o BBB acabar, não tem por que bater na tecla da dinâmica de dentro do programa, é preciso ser criativo e saber criar um 'storytelling' [narrativa] a partir do reality", finaliza o publicitário.
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