TRANSTORNO
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Sabrina Sato e Fiuk lidam com o TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
Apresentada por Drauzio Varella no Fantástico, a série Tudo ao Mesmo Tempo aborda o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), doença que atinge famosos como Sabrina Sato, Fiuk e Jim Carrey, além de outras milhões de pessoas anônimas.
Questionado sobre a ideia da série, Drauzio Varella explica ao Notícias da TV que o tema estava na gaveta. "A gente volta e meia para e levanta os temas: 'Precisamos fazer uma série de tal assunto'. E o TDAH vem vindo já há algum tempo porque não dá para fazer tudo. Essas séries tomam muito tempo da gente. São meses trabalhando. E aí chegou a hora de fazer."
Existe uma falta de informação enorme nessa área. Você está cheio de crianças que têm TDAH, que têm dificuldade de aprendizado, que se comportam mal na escola porque não param, são castigadas pelos professores, pelos pais, pela família, e elas têm um problema de saúde. Um transtorno. E que precisa ser tratado, e que melhora com o tratamento.
"O TDAH, na maioria das vezes, começa na infância e vai até a vida adulta. E quando você fala de TDAH, todo mundo pensa nas crianças, não é? Nunca pensam nos adultos. Mas essas crianças vão ser adultos com TDAH também, e vão enfrentar esses problemas pelo resto da vida. Essa dificuldade de prestar atenção, esses desencontros", completa o médico.
"No Brasil, quase 6 milhões de pessoas entre 18 e 59 anos sofrem de TDAH!" @drauziovarella#Fantásticopic.twitter.com/R8Qi72kKVX
— TV Globo em 🏠 (@tvglobo) September 20, 2021
Personagem do primeiro episódio, Fiuk chegou a desabafar sobre como se sentia até burro por não conseguir prestar atenção em uma leitura básica de livro. "Cheguei a pensar que eu tinha algum tipo de deficiência, porque eu não conseguia entender as coisas", declarou o cantor.
À reportagem, a psicanalista Andrea Ladislau conta que notou o transtorno do filho de Fábio Jr. durante o Big Brother Brasil 21. "No BBB21, Fiuk diversas vezes entrava em um mundo paralelo, demonstrando estar desconectado do ambiente", relembra a médica.
"Nas competições em grupo, ficava claro a desatenção quando regras eram explicadas e como ele não conseguia entender bem o que era proposto, inclusive se prejudicando em várias provas. Sinais típicos e clássicos do TDAH", analisa a doutora, que reforça a necessidade de um diagnóstico com um especialista e o tratamento adequado para cada caso.
"É difícil identificar sinais de TDAH em um famoso ou qualquer pessoa com a qual não tenhamos uma interação intensa e na qual não seja feito um acompanhamento quase diário. Até porque alguns sintomas podem confundir o diagnóstico. No caso do Fiuk, foi mais fácil identificar os sinais, pois o ator permaneceu exposto na TV durante 100 dias no reality", diz.
O TDAH também afeta outros famosos, como os apresentadores Sabrina Sato e Jamie Oliver; os atores Jim Carrey, Sylvester Stallone e Solange Knowles; o atleta Michael Phelps, e até o bilionário Bill Gates.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma doença crônica que inclui dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade e que atinge quase 6 milhões de indivíduos só no Brasil. O diagnóstico é feito por psicólogos e psicanalistas, mas também pode ser confundido com outras alterações, segundo Andrea.
Alguns transtornos ou alterações comportamentais podem se confundir com TDAH em função de que algumas características sintomáticas são muito parecidas. Por exemplo, o Transtorno de Ansiedade Generalizada é usado para determinar quando impulsividade e hiperatividade potencializam a desatenção e falta de foco do indivíduo.
"Outro exemplo seria o Transtorno Afetivo Bipolar, que causa intensas alternâncias de humor. E temos também a depressão, pois a fase da euforia apresenta muita semelhança com o estado de hiperatividade presente no TDAH. Grande parte dos depressivos também apresenta dificuldades na capacidade de interação com o ambiente", completa.
Andrea alerta ainda para a necessidade de acolher pessoas com TDAH. A convivência requer compreensão, paciência e respeito, além de se falar pausada e repetidamente.
"Olhe nos olhos para ajudar a prender a atenção. Em caso de esquecimentos, que são muito comuns, auxilie o indivíduo a se lembrar estimulando a memória e pensamentos. Respeite o momento de internalização do paciente, quando essa for uma necessidade para concentrar-se no momento presente", aconselha ela.
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