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EBV

De doença do beijo a esclerose múltipla: Entenda como vírus afetou Ludmila Dayer

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Ludmila Dayer

Ludmila Dayer em foto nas redes sociais; atriz revelou esclerose múltipla recentemente

PAOLA ZANON e IGRAÍNNE MARQUES

paola@noticiasdatv.com

Publicado em 30/10/2022 - 8h15

Ludmila Dayer, de 39 anos, revelou recentemente que recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla, mesma doença que acomete Claudia Rodrigues e Guta Stresser. A ex-atriz da Globo contou que a provável causa da enfermidade foi a evolução do vírus Epstein-Barr (EBV), também responsável pela mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como "doença do beijo".

O EBV é da mesma família da Herpes, e a transmissão também se dá, principalmente, através da saliva. "Na primeira vez que a pessoa pega esse vírus, pode ter alguns sintomas como febre, aumento dos gânglios, das ínguas no pescoço, dor de garganta. É uma situação clínica de mal-estar", explica o infectologista Max Igo, em entrevista ao Notícias da TV.

O profissional afirma que, na maioria dos casos, o vírus não evolui e se resolve de forma espontânea, mas fica adormecido no organismo. "Nenhum vírus do grupo Herpes é eliminado do corpo", pontua. Em alguns casos, no entanto, doenças mais graves podem aparecer.

De acordo com estudos recentes, anticorpos criados contra o EBV foram detectados em pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla --como é o caso de Ludmila. "Isso não é totalmente certo, mas talvez o vírus tenha um papel em relação ao aparecimento ou até à evolução da esclerose múltipla", confirma o médico.

A evolução da doença se dá pelo aumento desenfreado da imunidade que o EBV pode causar, como se fosse um gatilho. "É entendida como um desencadeante das crises de esclerose, talvez relacionada ao início. Se a pessoa tiver uma predisposição, pode apresentar uma evolução para várias doenças, sendo uma delas a esclerose múltipla", explica ele. 

Outros vírus da família da Herpes também estão envolvidos no estudo, como o vírus Herpes 6 e o retrovírus humano. A identificação é feita por meio de exame de sangue e sorológico, já o diagnóstico da esclerose precisa de exames de imagem e avaliação clínica.

De acordo com o infectologista, não existe um tratamento específico para o Epstein-Barr, uma vez que ele pode nunca se manifestar ou ser tratado de acordo com eventuais sintomas. Já a esclerose, mesmo não tendo cura, pode ser tratada por meio da regulação da imunidade, como faz Ludmila.

"A esclerose múltipla é uma doença degenerativa, autoimune e que causa dano progressivo, mas existem remédios que vão tentar reduzir a probabilidade de o sistema imune agredir o nervoso. Esses medicamentos vão modular a imunidade e podem controlar bastante a evolução da doença", afirma o médico.


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