FETICHE?
REPRODUÇÃO/SBT
Lia Regina no The Noite, do SBT; Dafne Anãzinha relatou vários programas em uma autobiografia
Famosa no meio da prostituição como Dafne Anãzinha, a ex-garota de programa Lia Regina decidiu listar seus mais de 600 clientes, entre eles atores da Globo e jogadores de futebol, em uma autobiografia lançada este mês. "A maioria me procurava para fetiches diferentes", revela a antiga meretriz em entrevista ao Notícias da TV.
O nanismo, alvo de preconceito de tantas pessoas, foi ironicamente o fator mais atrativo de Lia para conquistar uma cartela de clientes tão extensa. "Os homens pagavam justamente pela minha deficiência", ressalta. Não à toa, a "anãzinha" começou a ser procurada por várias celebridades midiáticas que ela não pode identificar.
"Atores e jogadores de futebol que me contratavam eram extremamente lindos, pessoas que estão na mídia diariamente. Pessoas que eu nunca poderia imaginar estar na cama. Todos eram muito atenciosos. Até calcinha eu ganhei de um", relembra.
"Minha relação com eles era unicamente profissional, não tínhamos contato diário ou algo do tipo. Eu realizava as fantasias deles e pronto. Acredito que garotas de programa são as únicas a terem acesso a homens intocáveis", ressalta a alter ego de Dafne, que não se acanhava em cumprir os pedidos mais inusitados.
"A maioria me procurava para fetiches diferentes. Como, por exemplo, inversão de papéis, que é quando a mulher vira ativa e o homem o passivo. Eu não tinha relações sexuais com todos, alguns queriam só realizar fantasias, tipo me observar estourar balões, urinar na cara [deles], colocar comida dentro de mim e por aí vai", enumera Lia.
Questionada sobre como conseguiu manter o controle de quantos atendimentos fez ao longo da vida, Lia explica que mantinha um caderno de anotações para colocar obervações sobre cada homem e mulher que serviu --assim como Bruna Surfistinha fazia.
"[Na vida pessoal] Eu tinha uma agenda, anotava todos com quem eu saía. Na prostituição também, anotava o nome da pessoa, a data e se eu havia sentido orgasmo. Caso eu não tivesse sentido, não voltava a atender aquele cliente. Na prostituição, era mais para controle [também]. Caso o cliente me ligasse, eu sabia exatamente a data que eu o atendi. Isso ajudava a me lembrar deles, pois eram muitos e eles gostavam de se sentirem únicos", confessa.
Para ajudar outras mulheres e homens que sofrem com o preconceito de serem anões, Lia Regina escreveu a autobiografia A Pequena Notável Dafne Anãzinha, um e-book de 123 páginas que está disponível para venda na Amazon, para os leitores que possuem um aparelho Kindle. E o projeto não será o único.
"Pretendo publicar mais um livro, sobre bonecas sexuais humanas na deep web [camada obscura da internet]", adianta a jovem, que está há quatro anos fora do mundo da prostituição. Atualmente, Lia, que já é formada em Direito, está cursando uma segunda graduação, no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
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