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CAOS NO CONFINAMENTO

Álcool e gatilhos: Psiquiatra explica o que faz participantes surtarem em A Fazenda

REPRODUÇÃO/RECORD

Foto mostra Kerline e Bia brigando; as duas estão uma de frente para outra

Kerline Cardoso e Bia Miranda em briga durante a formação da roça de A Fazenda 14, na Record

GABRIELA RODRIGUES

gaby@noticiasdatv.com

Publicado em 16/10/2022 - 8h25

A 14ª edição de A Fazenda tem chamado a atenção do público pelas brigas frequentes e ameaças entre os participantes. O psiquiatra Jairo Bouer explica que esses surtos acontecem pela própria dinâmica do isolamento, que conta com festas e momentos estressantes. "O álcool é um potente desinibidor das emoções. Agressões psicológicas também podem despertar traumas e causar essas explosões", exemplifica. 

Ao Notícias da TV, o especialista diz que muitos fatores podem contribuir para comportamentos agressivos em realities como o da Record. 

"O próprio confinamento, que exige o isolamento e a distância da rotina, deixa as pessoas mais explosivas. A disputa pelo prêmio também é outro fator, pois existe a competitividade. É importante ainda destacar a personalidade desses participantes e as histórias prévias deles. Podem existir condições, como o transtorno de personalidade borderline, que tornam mais prováveis esses surtos", avalia. 

A ingestão de bebidas alcoólicas nas festas e o conteúdo das brigas que acontecem no programa também fazem os peões e peoas ficarem mais agressivos:

O álcool é um potente desinibidor do controle e das emoções. A chance de dar uma surtada é ainda maior. E as pressões psicológicas, que machucam tanto ou até mais que as agressões físicas, podem despertar algum trauma em algum participante que lida mal com determinada situação. 

"Um comentário mais pesado pode fazer muito mal para determinada pessoa. A gente se acostumou muito a enxergar o limite na agressão física, mas algumas agressões verbais são bem pesadas", complementa o psiquiatra. 

Para o médico, um programa no estilo de A Fazenda já é pensado para que situações de surtos aconteçam. Ele ainda destaca que o próprio público gosta de acompanhar cenas de agressividade envolvendo esses confinados. 

A própria escolha dos participantes já tem como expectativa a maior audiência. As pessoas gostam de assistir a violência. Elas se projetam naquilo, nas experiências que elas não podem viver, que não podem ter. Isso gera uma expectativa, até um prazer, é a vontade de se enxergar no outro, ver o outro fazendo coisas que não pode fazer. 

"Eu tenho a impressão que o confinamento, essas brigas e agressões, podem provocar traumas em quem participa. Lembro da Karol Conká, que saiu mal do BBB 21, e outros personagens que precisaram de apoio psicológico. Sem dúvida nenhuma, após o final do programa, algumas questões emocionais podem surgir", acrescenta o especialista. 


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