YSANI KALAPALO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Ysani Kalapalo em registro nas redes sociais; ela ganhou segunda chance em A Grande Conquista
A Record voltou atrás após ter anunciado a desclassificação da influenciadora e youtuber indígena Ysani Kalapalo em A Grande Conquista. Rachel Sheherazade anunciou na noite desta sexta (26) que a jovem entraria no jogo no lugar de Gaby Fontenelle. A ex-bailarina do Hora do Faro havia desistido do reality show.
A informação foi confirmada pela apresentadora logo após a eliminação de dez participantes na primeira berlinda da segunda temporada. "Daqui a pouco, a Ysani vai entrar na vila no lugar da Gaby, que desistiu. Ela havia testado positivo para Covid, fez novos testes e negativou", explicou.
A Record havia dito anteriormente que a equipe médica não havia liberado a influenciadora, justamente por ter testado positivo para Covid-19. Ela ficou confinada à parte em um hotel.
A própria equipe da ativista havia lamentando a desclassificação nas redes sociais:
Queremos agradecer imensamente todo o apoio que o público transmitiu antes mesmo da estreia do programa. No entanto, neste momento, nossa prioridade é a saúde e o bem-estar dela. Estamos torcendo para que ela se recupere o mais rápido possível.
Ysani ganhou destaque na mídia após integrar a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro à Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2019.
Ysani Kalapalo ficou conhecida após ter seu canal no YouTube divulgado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o período de seu mandato. Na época, o político se mostrou simpatizante com o povo indígena e afirmou que Ysani merecia reconhecimento por seu trabalho na diversidade.
Nove meses depois de discursar na Assembleia-Geral da ONU em prol de Bolsonaro, a influenciadora disse que estava decepcionada com as atitudes dele. Segundo Ysani, o político prometeu demais e não cumpriu.
"Estou decepcionada. Está faltando diálogo com as minorias. Eu tinha muita expectativa de que o governo dele seria diferente, mas, depois de esperar e esperar, isso não está acontecendo", desabafou ela em entrevista à BBC Brasil, em junho de 2020.
"Achei que o índio seria mais ouvido. Indígenas que, como eu, têm esse pensamento mais do século 21, os indígenas que querem empreender, produzir. Achei que nós teríamos mais espaço e que ele Bolsonaro colocaria pessoas técnicas e não amigas em certos cargos, como na Funai e na Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena]", lamentou.
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