YSANI KALAPALO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Ysani Kalapalo: influenciadora apoiou Jair Bolsonaro na época de seu mandato e se arrependeu
A influenciadora e youtuber indígena Ysani Kalapalo foi desclassificada de A Grande Conquista 2 porque testou positivo para Covid-19. A equipe médica da Record não liberou a participante, que já foi substituída pela corretora de imóveis Lara Costa. Ysani ganhou destaque na mídia após integrar a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro à Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2019.
A Record comunicou a desclassificação da youtuber nesta terça (23), em comunicado enviado ao Notícias da TV. A assessoria de imprensa de Ysani lamentou a saída dela um dia depois da estreia do reality, que começou na segunda (22). A ex-bolsonarista ainda está confinada em um hotel.
"Queremos agradecer imensamente todo o apoio que o público transmitiu antes mesmo da estreia do programa. No entanto, neste momento, nossa prioridade é a saúde e o bem-estar dela. Estamos torcendo para que ela se recupere o mais rápido possível", comunicou a equipe da influenciadora.
"Ysani, queremos que saiba que há um mundo de oportunidades esperando por ti aqui fora. Sua determinação e seu talento são inspiradores, e mal podemos esperar para ver tudo o que você conquistará no futuro. Estamos com você. Agradecemos a compreensão de todos os fãs e espectadores", acrescentaram.
Ysani Kalapalo ficou conhecida após ter seu canal no YouTube divulgado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o período de seu mandato. Na época, o político se mostrou simpatizante com o povo indígena e afirmou que Ysani merecia reconhecimento por seu trabalho na diversidade.
Nove meses depois de discursar na Assembleia-Geral da ONU em prol de Bolsonaro, a influenciadora disse que estava decepcionada com as atitudes dele. Segundo Ysani, o político prometeu demais e não cumpriu.
"Estou decepcionada. Está faltando diálogo com as minorias. Eu tinha muita expectativa de que o governo dele seria diferente, mas, depois de esperar e esperar, isso não está acontecendo", desabafou ela em entrevista à BBC Brasil, em junho de 2020.
"Achei que o índio seria mais ouvido. Indígenas que, como eu, têm esse pensamento mais do século 21, os indígenas que querem empreender, produzir. Achei que nós teríamos mais espaço e que ele Bolsonaro colocaria pessoas técnicas e não amigas em certos cargos, como na Funai e na Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena]", lamentou.
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