LAYSLA DE OLIVEIRA
Divulgação/Paramount+
Laysla de Oliveira corre em cena da primeira temporada de Operação Lioness, do Paramount+
Oito meses depois de encerrar a primeira temporada, o Paramount+ finalmente encomendou mais episódios da série Operação Lioness, estrelada por Laysla de Oliveira, atriz canadense com sangue brasileiro --os pais dela nasceram aqui. Ela contracena com artistas de peso, como Nicole Kidman, Zoe Saldaña e Morgan Freeman.
Operação Lioness é uma criação de Taylor Sheridan, mesmo nome por trás do fenômeno Yellowstone, série mais vista da TV norte-americana. Conta a história de Cruz (Laysla), latina que foge do namorado abusivo e acaba acolhida pelos fuzileiros navais norte-americanos.
Com resultados impressionantes nos treinamentos, ela é chamada para o Lioness Engagement Team (Time de Engajamento Leoa, em tradução livre), um programa real da CIA. Lá, tem a supervisão de Joe (Zoe Saldaña), responsável por treiná-la para agir em campo.
No fim do primeiro ano, Cruz se rebelou contra Joe depois de ser forçada a assassinar o pai supostamente terrorista de Aaliyah (Stephanie Nuir), uma muçulmana por quem se havia se apaixonado. Frustrada e nervosa, ela anunciou sua saída do programa e previu que as consequências de seus atos afetariam toda a diplomacia do planeta.
Em entrevista ao Notícias da TV no ano passado, Laysla afirmou que só conseguiu o papel da agente por causa de suas origens brasileiras. A garra e a resiliência que Cruz demonstra na série, segundo a atriz, seriam uma característica de quem nasce no Brasil.
"Eu acho que fui escalada para viver a Cruz porque sou brasileira. Ela tem uma força, uma luta nela que só quem é filho de imigrante conhece. É aquilo que, em inglês, a gente chama de 'grit' [bravura, coragem, resistência]", definiu.
Laysla fez questão de manter a entrevista em português, para praticar o idioma dos pais. "Quando eu responder, vou falar cinco palavras em português e uma em inglês, você vai ter que me ajudar (risos). Mas eu vou tentar", brincou ela, que chegou a morar no Brasil quando tinha entre nove e dez anos.
Operação Lioness ainda promove um debate sobre etnias, cultura e fé que é desenvolvido em meio à ação. Para a canadense com pais brasileiros, que vive uma mexicana se fazendo de árabe, o tema é intrínseco à própria existência.
"Sou mineira (risos)!", resume ela, com o sotaque que entrega a origem da família. "Eu me considero canadense e brasileira, tenho cidadania dos dois países. Quando nasci, aprendi a falar português antes do inglês. Mas, como eu cresci no Canadá e aprendia inglês na escola, obviamente meu inglês é melhor do que o meu português. Eu só falo português com os meus pais, e eu não moro mais com eles, então às vezes fica difícil", se justifica, sem precisar.
Ainda assim, a brasilidade calhou bastante na hora do teste para Operação Lioness --o que leva Laysla de volta ao tal 'grit' que citou no início da conversa. "Quando eu consegui o papel, os produtores me falaram: 'Nossa, você tem muito grit'. Porque eu não demonstro, sou supertranquila, gosto de maquiagem, mas quando estou atuando, me transformo. Eles se admiraram mesmo com o meu grit. E ele vem muito da minha parte brasileira, com certeza. E a raiva também, né? (risos)."
A segunda temporada de Operação Lioness ainda não tem previsão de estreia no Paramount+. Além de Laysla, estão confirmados os retornos de Nicole Kidman e Zoe Saldaña, que também são produtoras executivas da atração, de Michael Kelly (o Doug de House of Cards) e o de Morgan Freeman, que deve ganhar importância nos novos episódios.
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