SEGUNDA TEMPORADA
Divulgação/Paramount+
Personagem icônico dos games, Master Chief é interpretado por Pablo Schreiber na série Halo
Quando a primeira temporada de Halo estreou no Paramount+, em março de 2022, o cenário era devastador: no geral, adaptações de games faziam vexame nas bilheterias do cinema, irritavam os fãs das obras originais e confundiam o público que nunca havia se aventurado nos jogos. Nesta quinta (8), a série volta com novos episódios e a certeza de um panorama bem mais favorável.
A boa recepção da história de Master Chief (Pablo Schreiber) abriu portas para outras adaptações muito bem-sucedidas, tanto na televisão (que o diga The Last of Us, fenômeno da HBO) quanto no cinema (Super Mario Bros. - O Filme conseguiu a segunda maior bilheteria de 2023). Será que Hollywood finalmente entendeu como levar os games para outras mídias?
"Realmente, tivemos um histórico ruim de adaptações de jogos durante um tempo, o que eu atribuo ao fato de as duas indústrias ainda não estarem prontas uma para a outra. E acho que agora, com Halo e outras atrações incríveis, chegamos a um lugar de respeito mútuo entre as partes", aposta Kiki Wolfkill, produtora executiva de Halo e que trabalhou na franquia de games antes de se envolver com a televisão.
"Acho que os estúdios de games entenderam como deixar outras pessoas brincarem em seu parquinho e trazerem sua criatividade com elas. E os cineastas também respeitam esses mundos, essas histórias e esses personagens. É muito bonito ver essas franquias ganharem vida nova no cinema ou na TV", continua Kiki, em conversa com o Notícias da TV.
A nova temporada traz uma mudança importante nos bastidores: Steven Kane, showrunner do primeiro ano, agora cede seu posto para David Wiener --que já havia adaptado o livro Admirável Mundo Novo para a TV em 2020. Segundo ele, a experiência com o clássico de Aldous Huxley (1894-1963) foi bem diferente da que viveu na série de Halo.
A adaptação não fica mais fácil, mas você aprende bastante quando faz séries tão grandes --e Halo definitivamente é uma série grande. Minha lição foi aprender a contar essa história de uma maneira visceral, íntima, subjetiva e explosiva.
"O primeiro ano nos deu um menu de possibilidades. Nosso trabalho como roteiristas é pegar essas possibilidades e levá-las para os lugares que nós, como fãs, desejamos ir. E torcer para que os outros fãs queiram ir conosco!", continua Wiener no papo exclusivo com a reportagem.
Um desses lugares, adianta o showrunner, envolve explorar ainda mais o lado humano dos personagens, mas sem deixar de lado as batalhas explosivas --afinal, Halo ainda se trata de um material baseado em uma franquia de games nos quais a ação é praticamente ininterrupta.
"A palavra-chave, para mim, é 'humanidade'. Nós temos uma marca e um cenário épicos, que muita gente conhece, e agora podemos explorar os dramas e os relacionamentos entre esses personagens. Um filme como O Resgate do Soldado Ryan [1998] não é sobre a Segunda Guerra Mundial [1939-1945], mas sobre os laços que se formam entre aquele grupo", exemplifica.
"Então, na segunda temporada, nós realmente tentamos pegar essas histórias emocionantes e inseri-las no mundo de Halo, com esses personagens incríveis. E eu acho que elas funcionam mesmo!", diz Wiener, sem falsa modéstia. Ele prontamente recebe o apoio de Kiki Wolfkill:
"Uma das coisas que David trouxe para a segunda temporada é a força na escrita desses personagens. É algo ao mesmo tempo visceral e pé no chão, com histórias tão poderosas. Acho que nós só começamos a arranhar isso no primeiro ano e agora entregamos o que estava sendo prometido", elogia ela.
Os dois primeiros episódios do segundo ano de Halo estreiam nesta quinta-feira (8) no Paramount+, com um novo capítulo sendo adicionado ao catálogo do streaming toda semana. Confira o trailer da série:
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