Gil do Vigor lamenta fala homofóbica no BBB: 'Não podemos normalizar como gíria'

Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, criticou uma fala homofóbica de Davi Brito no BBB 24. O economista ainda lamentou que internautas estivessem passando pano para a atitude do motorista de aplicativo. "Não podemos normalizar a frase 'sou homem, não sou viado' como gíria", opinou o pernambucano no X, antigo Twitter.

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Na madrugada desta segunda (15) no reality, o brother do Puxadinho discutiu com Nizam e acabou soltando o termo pejorativo. "Eu sou homem, seu puta! Sou viado, é? Tenho 21 anos, meu pai me fez foi homem", disparou ele.

Depois, o baiano foi alertado por Michel Nogueira sobre o erro e pediu desculpas. "É porque eu estava estressado, mas não foi nenhum modo de querer te machucar", justificou o emparedado.

A frase repercutiu nas redes sociais, e Gil do Vigor também entrou no debate. "Em pleno 2024 não podemos normalizar a frase 'sou homem, não sou viado' como gíria, seja quem for. As pessoas não merecem linchamento virtual, mas também não podemos simplesmente fechar os olhos e fingirmos que não foi uma fala homofóbica, seja quem for, errou e pronto!"

"E não falo sobre torcida e BBB, é geral. Vocês reclamam de pessoas isentas dentro dos realities, mas, muitas vezes, nós mesmos nos isentamos aqui fora. Vigorem, boa noite e vida que segue!", escreveu o participante do BBB 21.

Alguns internautas discordaram do economista. "Gil, eu também sou gay e torci muito por você no BBB21. Contudo, é preciso entender o contexto. Isso é uma gíria criada, sim, a partir de uma homofobia estrutural e foi dita em um momento de raiva. Tem que ser repreendida? Tem. Isso faz dele uma pessoa menos merecedora do prêmio?", questionou Henrique Brinco.

"Sim. Mas nos viados também usamos isso na Bahia. Sim, eu sei... Mas é na hora do arerê. É barril. Mas enfim, Davi campeão", comentou Manoel Pedro. "Eu como um homem gay entendo, mas essa fala problemática dele é algo utilizado aqui em Salvador como uma virgula. Óbvio que é errado, mas é uma discussão muito maior que ele, queria ver o pessoal do Twitter sendo anti-homofóbico aqui na vida real", alfinetou Klaus.

"Mas isso é mais da criação dele e das origens… Até entrar no BBB, ele não tinha Instagram… Certeza que nunca teve alguém para falar quais falas são certas e erradas, vai aprender agora. Mas as atitudes dele são respeitosas, mais respeitosas até mesmo desse pessoal que tá massacrando ele. Mas entendo seu ponto de vista e compreendo, jamais podemos normalizar esse tipo de falas!", disse Andrey Michael.

"Não podemos normalizar, mas podemos entender contextos. Davi é um jovem da periferia, não sabemos se esses discursos já chegaram até ele para que ele entenda que é errado. Várias expressões regionais são homofóbicas, racistas e machistas e cabe a nós nos vigiarmos e em certos momentos fazer o papel de orientar os nossos. Isso não torna o Davi ruim", defendeu Ashley Malia.

Já outros usuários concordaram com a opinião de Gil. "Não tem pano para homofobia, e quem usa regionalidade ou religião ou criação ou qualquer outra desculpa é porque é ignorante. Mas o Nizam é pior, não esqueçam disso", afirmou Matheus. "Se o termo virou gíria, é muito triste, porque nada tira o peso dessa palavra para nós. Nesse contexto então... Menos ainda", lamentou Bruno Di Maio.

Mais tarde, Gil fez outra postagem em seu perfil após a repercussão da primeira publicação. "Irei me ausentar de comentar BBB, deixarei para comentar com a Ana Maria [Braga] apenas. Motivos: Quero Paz!", avisou.

Ele ainda pediu que os seguidores repercutissem o projeto de educação financeira que tem realizado nas redes sociais. "Do mesmo jeito que entretenimento possui alcance absurdo, vamos apoiar o projeto que estou de fazer vídeos sobre educação financeira, vamos divulgar… Beijos!", encerrou.