POLÊMICA
REPRODUÇÃO/GLOBO
Woody Allen durante participação no programa Conversa com Bial na madrugada desta terça (9)
O cineasta Woody Allen, de 85 anos, deu sua versão sobre a acusação de abuso sexual. Em 1992, o norte-americano foi apontado pelo crime que teria como vítima sua filha, Dylan Farrow, fruto de seu relacionamento com a atriz Mia Farrow. "É um erro", definiu ele sobre o caso.
Apesar de o pai ter sido inocentado em 2014, a herdeira do diretor voltou a tocar no assunto, principalmente em função do movimento feminista #MeToo. Ela publicou uma carta aberta no The New York Times para falar sobre a situação.
Em entrevista ao programa Conversa com Bial, na madrugada desta terça-feira (9), o diretor contou que a polêmica envolvendo sua vida pessoal gerou impactos na hora em que sua autobiografia Apropos of Nothing (a propósito de nada, em tradução livre) seria publicada pela editora Hachette.
"Eu estou sendo boicotado, mas eles estão cometendo um erro. Hachette deveria ter publicado o meu livro, mas pessoas na na organização eram contra. A mesma coisa com atores que falam que se arrependem ou que nunca trabalhariam comigo. O que posso fazer? Estão cometendo um erro. As pessoas cometem erros, e esse é um deles. É tudo o que posso dizer, estão cometendo um erro".
Durante o bate-papo, o cineasta também comentou sobre o momento em que escreveu em seu livro a respeito da acusação feita por sua filha.
“Quando era hora de estabelecer os fatos da narrativa, eu tentei usar as palavras de assistentes sociais, testemunhas, empregadas, pessoas que podiam falar e descrever a situação. E eu tentei não me meter nisso, a menos que fosse preciso”, completou.
A polêmica que marcou a trajetória de Woody Allen é tema do documentário Allen vs Farrow, produção da HBO que vai explorar as acusações de abuso da atriz Mia Farrow e tem previsão de lançamento para o dia 21 de fevereiro nos Estados Unidos.
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