Whoopi Goldberg se recusa a falar nome de Donald Trump na TV: 'Não vou mudar'

A atriz Whoopi Goldberg, opositora ferrenha de Donald Trump, não se calou diante da vitória do empresário sobre Kamala Harris nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (6), durante o programa The View, que ela apresenta na rede ABC, a comediante prometeu que nunca vai citar o nome do político --uma posição que ela já tinha adotado durante a corrida eleitoral. "Ele é o presidente, mas eu ainda não vou falar o nome dele. Não vou mudar", sentenciou.

No ar desde 1997, o The View é um talk show comandando por um grupo de mulheres com diferentes experiências de vida e visões políticas. Elas se reúnem todos os dias para discutir os assuntos do momento --de fofocas de famosos a crises políticas. Whoopi é a moderadora do time desde 2007.

Na edição desta quarta-feira (6), a eleição de Trump foi, obviamente, o grande tema do dia. A protagonista de Mudança de Hábito (1992) começou a conversa com uma provocação: "O que aconteceu ontem à noite?".

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A advogada Sunny Hostin, que tem pai negro e mãe latina, disse estar em choque com o resultado do pleito. "Estou arrasada. Em 2016, nós não sabíamos como seria um mandato de Trump. Mas agora sabemos. Sabemos que ele vai ter um poder quase infinito", discursou.

"Mas eu não estou preocupada comigo, pois tenho uma posição confortável. Estou preocupada com a classe trabalhadora. Estou preocupada com a minha mãe, uma professora aposentada. Estou preocupada com os mais velhos, suas aposentadorias e seus planos de saúde. Estou preocupada com o futuro dos meus filhos; em especial com a minha filha, que tem menos direitos do que eu tinha no passado", continuou Sunny.

Até Alyssa Farah Griffin, que foi secretária de imprensa de Trump durante seu primeiro mandato, afirmou que votou em Kamala Harris --a primeira vez em sua vida que ela optou por um candidato do Partido Democrata. Ela chegou a chamar o político de "o homem mais perigoso a chegar à presidência".

"A quatro anos, eu estava na Casa Branca com Donald Trump na noite da eleição. Eu achava que ele merecia perder naquela noite, porque ele não tinha lutado para vencer. Mas eu pensei que os quatro anos seguintes seria de reconstrução do Partido Republicano, para se tornar algo em que eu pudesse acreditar e para superar Donald Trump. Mas o partido não fez isso. Por isso, pela primeira vez na minha vida, eu votei em uma democrata", falou.

"Eu estou preocupada com a direção que Donald Trump vai dar ao país, e eu levo meu próprio alerta muito a sério. Eu preciso de alguém que seja uma pessoa decente, que consiga unir o país", continuou Alyssa.

"Não concordo com muitas políticas de Kamala e estava pronta para criticá-la mais para a frente, mas fiz o que tinha que fazer para que Donald Trump perdesse e Kamala Harris fosse eleita", disse ela. "Mas o povo tem uma opinião diferente."

A comediante Joy Behar, que nunca escondeu sua postura crítica a Trump, apontou que a democracia norte-americana funcionou, apesar de não concordar com o resultado. "As pessoas se pronunciaram, e é isso que elas querem. Eu discordo veementemente da decisão que os norte-americanos tomaram, mas estou esperançosa de que temos um sistema democrático. Nós precisamos dar valor a ele. Vamos protestar de acordo com as situações que mereçam o nosso protesto, que eu estou certa de que acontecerão."