PLANTÃO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Com rosto ensaguentado, Donald Trump faz gesto de luta durante comício na Pensilvânia
A Globo precisou aumentar os intervalos de Família É Tudo para noticiar o ataque a tiros ocorrido durante um comício de Donald Trump na Pensilvânia na noite deste sábado (13). César Tralli chegou a ficar quase 5 minutos ao vivo na pausa na novela das sete para falar sobre o caso, e Ana Paula Araújo passou outros três minutos no ar durante o comercial seguinte.
Curiosamente, a emissora não apelou para a vinheta do plantão, que tem sido utilizada com menos frequência na programação. Ela esperou a pausa no folhetim de Daniel Ortiz para entrar ao vivo com os âncoras --que também conversaram com o correspondente Ismar Madeira sobre o ocorrido, apesar de as informações sobre o evento ainda serem escassas.
O Jornal Nacional entrou no ar às 20h30 com uma edição especial sobre o ataque. Além de Madeira, de plantão na Redação da Globo em Nova York, os correspondentes Sandra Coutinho e Guga Chacra foram acionados nos dias de folga e entraram ao vivo de suas casas para ajudar na cobertura.
O telejornal foi estendido em quase 20 minutos e só chegou ao fim às 21h38, quando começou Renascer --a novela estava prevista para ter início às 21h20.
Trump estava começando o comício na cidade de Butler, quando barulhos de tiros foram escutados. O candidato republicano à Presidência chegou a levar uma de suas mãos ao ouvido e depois se abaixou, escondendo-se atrás do palanque. A plateia ao fundo aparentou pânico com os disparos.
Agentes do Serviço Secreto norte-americano correram ao palco para cercar o presidente, que se levantou. Nos vídeos divulgados na internet e no exibido pela Globo, é possível ver sangue na orelha do presidente e escorrendo pelo seu rosto.
O empresário e político foi retirado do evento pelos agentes, que o escoltaram até o carro. No caminho, ele ergueu seu punho direito para o alto, em um gesto de resistência. O público do comício, então, começou um coro de "USA! USA!" ("EUA, EUA", em tradução literal).
Steven Cheung, porta-voz da campanha republicada à Casa Branca, soltou nota afirmando que o candidato passa bem. "O presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local", informou.
O governador da Pensilvânia, o democrata Josh Shapiro, lamentou o ocorrido em seu Estado. "A violência direcionada a qualquer partido ou líder político é inaceitável. Não há lugar para ela na Pensilvânia, nem nos Estados Unidos. Eu já foi informado sobre a situação, e a polícia estadual está no local e trabalhando em conjunto com oficiais federais e locais", escreveu no X.
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