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Tem como assistir às atrações originais do YouTube no Brasil? Sim, mas custa caro

Imagens: Divulgação/YouTube Premium

Ralph Macchio, o eterno Daniel-san, em cena da série Cobra Kai, continuação da franquia Karatê Kid - Imagens: Divulgação/YouTube Premium

Ralph Macchio, o eterno Daniel-san, em cena da série Cobra Kai, continuação da franquia Karatê Kid

JOÃO DA PAZ

Publicado em 1/8/2018 - 5h50

Um dos sucessos mais inesperados no mundo das séries neste ano, Cobra Kai gerou números espantosos para o YouTube Premium, serviço da rede social de vídeos que está disponível em poucos países. O brasileiro até consegue ver a produção que continua a história da franquia Karatê Kid, mas tem de pagar caro. Cada episódio custa R$ 3,90.

Para chamar a atenção, o YouTube disponibiliza os primeiros episódios de suas produções de graça. Depois disso, só pagando para continuar assistindo. Como ainda não é possível assinar o YouTube Premium no Brasil, o internauta tem de usar o Google Pay para adquirir os capítulos bloqueados. No caso de Cobra Kai, só os dois primeiros episódios podem ser vistos sem nenhum custo.

Na semana passada, o YouTube foi um dos destaques no seminário da TCA (Associação dos Críticos de Televisão dos Estados Unidos). A executiva Susanne Daniels, chefe global de conteúdo original do site, falou sobre os planos de expansão do serviço premium. Segundo ela, neste ano a plataforma irá além dos 18 países nos quais está presente, sem especificar as nações escolhidas.

Para efeito de comparação, a plataforma custa US$ 12 nos Estados Unidos. Em uma conversão simples, algo em torno de R$ 45. Além de poder assistir a todos os conteúdos originais do YouTube, o assinante tem acesso a um aplicativo de música parecido com o Spotify e pode ver todos os vídeos do site sem anúncios.

No formato atual, o brasileiro que quiser assistir apenas à primeira temporada completa de Cobra Kai terá de gastar R$ 31,90. O plano mais caro da Netflix, com Ultra HD e quatro telas simultâneas, sai por R$ 37,90/mês.

Vale a pena?
Pagar por episódio realmente não é a melhor opção. Mas, assim que o YouTube Premium aterrissar no Brasil, valerá a pena assinar? Toda a equipe da plataforma está trabalhando para que a resposta dessa pergunta seja sim. O público só não deve esperar uma série demasiadamente cara ou grandiosa no streaming.

"Nós não iremos gastar enormes quantias de dinheiro para fazer uma Game of Thrones ou Westworld", avisou Susanne no TCA. "Acreditamos que é possível produzir programas de qualidade com pouco investimento, porque não é o gasto que faz uma coisa ser melhor do que a outra."

Cartaz de Origin, com Tom Felton e Natalia Tena

Diversidade de conteúdo não vai faltar. Somente neste ano, o YouTube Premium terá 15 programas novos. No total, desde que entrou nesse ramo de exibição de produções originais, em 2014, são 82 atrações no catálogo, contando as que serão lançadas.

Embora seja um estouro, com 1 bilhão de horas consumidas por clientes norte-americanos desde a estreia (em maio), Cobra Kai foi uma produção que chegou para ser apenas mais uma, sem grandes expectativas. Diferentemente de Origin, drama dos produtores de The Crown e Lost que foi o cartão de visitas do YouTube no TCA.

Premium no TCA
Com Tom Felton (Flash) e Natalia Tena (Game of Thrones), ambos do elenco da franquia Harry Potter, Origin apresenta a história de um grupo de estranhos que desejam recomeçar a vida em um planeta distante. Porém, a nave espacial se perde, e os sobreviventes devem encontrar um jeito de sobreviver, a qualquer custo. Essa é a atração que o YouTube Premium prepara para fazer barulho em Hollywood.

O YouTube Premium busca se associar a nomes de peso da indústria do entretenimento. Celebridades como Jordan Peele, George Clooney, Robert Downey Jr., Kevin Hart e Will Smith estão por trás de projetos no serviço. Estúdios de grande porte também estão na jogada _caso de Lionsgate, Universal e Sony Pictures.

E Susanne Daniels, formada em Harvard, é uma das mulheres mais poderosas de Hollywood, com mais de 25 anos de experiência trabalhando com a direção de programação de redes como NBC, ABC e Fox. Ela também comandou a divisão de entretenimento da rede The CW e dos canais Lifetime e MTV.

Mas só o tempo dirá se essa estratégia atingirá o objetivo mais importante: conseguir milhões de novos assinantes e se tornar um serviço no mínimo competitivo no povoado mercado das plataformas de streaming.

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