NO TRIBUNAL
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Maitê Proença em entrevista a Pedro Bial no Conversa com Bial, da Globo, em agosto de 2017
GABRIEL PERLINE e LUCIANO GUARALDO
Publicado em 31/7/2018 - 14h49
Maitê Proença abriu um processo contra a Globo e está pedindo R$ 500 mil de indenização por direitos trabalhistas que ela reivindica pelos 37 anos em que trabalhou na emissora. A primeira audiência foi realizada na manhã desta terça-feira (31), na 54ª Vara do Trabalho, no Rio de Janeiro. O processo corre sob segredo de Justiça.
A atriz não teve seu contrato renovado no segundo semestre de 2016 e acabou entrando na lista negra da emissora ao declarar, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, que soube de sua demissão por meio da imprensa.
"Foi muito estranho, não tive nenhum aviso. Quando começaram os boatos de que eu já tinha sido dispensada, liguei para a pessoa que tinha me dito que o contrato seria renovado e ela me falou que, de fato, ia ser descontinuado", disse, em novembro de 2017.
No processo que move contra a emissora, Maitê convocou a própria filha, a advogada Maria Proença Marinho, para representá-la. Além dela, contratou também o advogado Tulio Claudio Ideses.
Maitê segue os passos de Carolina Ferraz, que também abriu um processo contra a emissora, reivindicando seus direitos trabalhistas. A indenização que ela pede, no entanto, é bem mais gorda: R$ 7 milhões.
Diretores da Globo avaliam que não devem dar trabalho a quem processa ou fala mal da casa. Se o ator não gosta da emissora ou acha que foi injustiçado por ela, deve procurar trabalho em outra freguesia.
Este é o caso de Maitê, Carolina e também de Pedro Cardoso, que passou a criticar a Globo após não ter seu contrato renovado ao final de A Grande Família (2001-2014).
Procurada, a Globo disse que não se pronuncia sobre processos judiciais em andamento. A reportagem também contatou os advogados que representam Maitê, mas eles não foram localizados em seus escritórios.
Maitê estreou como atriz em 1979, na TV Tupi, e fez seu primeiro trabalho na Globo no ano seguinte. No entanto, foi na novela Dona Beija (1986), da TV Manchete, que ela ganhou notoriedade. Retornou à emissora da família Marinho em 1989 e por lá permaneceu até o ano passado.
Protagonizou diversas novelas, foi uma das Helenas de Manoel Carlos (em Felicidade, de 1991) e encerrou sua trajetória na emissora em Liberdade, Liberdade (2016), quando interpretou Dionísia Raposo Viegas Manttini. Seu último trabalho na TV foi na segunda temporada da série Me Chame de Bruna, do Fox Premium.
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