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Reprodução/Record
Tande enxuga as lágrimas durante entrevista ao Domingo Espetacular, da Record; crise séria
O ex-jogador de vôlei Tande revelou que o infarto que sofreu no último dia 12 foi mais sério do que todo mundo imaginava. O cardiologista que o atendeu afirmou que ele não estaria vivo se não tivesse procurado o hospital na hora que o fez. "Ele disse que eu tinha de duas horas a uma semana para morrer", falou o esportista, segurando as lágrimas.
Nascido Alexandre Ramos Samuel, o ex-atleta deu entrevista exclusiva para o Domingo Espetacular, da Record, neste domingo (21). Na conversa, ele afirmou que jamais cogitou a possibilidade de encarar um problema cardíaco. Afinal, mesmo aposentado do vôlei desde 2004, Tande não abandonou as atividades físicas. Mantém até uma academia em casa para treinar.
"Nunca pensei que poderia ser infarto. Eu sou campeão olímpico, campeão mundial, rei da praia, palestrante, lancei livro. Pô, é o Tande! Nunca [imaginei]. Eu achava que no máximo seria uma pneumonia", admitiu.
Segundo ele, a reação de pessoas à sua volta e na internet foi similar. "As pessoas ficaram: 'Caramba, se aconteceu com um atleta, campeão olímpico, pode acontecer comigo'. 'Com o Tande? Será que ele não se cuidava?'. Nunca fumei, nunca bebi, nunca me droguei", falou.
Ele atribuiu o entupimento de três artérias à genética. "Meu avô morreu muito cedo, infartou. Meu tio, irmão da minha mãe, [estava] no futebol sábado de manhã, foi pro ataque, quando voltou correndo, caiu duro aos 42 anos", lembrou o campeão olímpico em Barcelona-1992.
Tande contou que começou a sentir que algo não estava certo com sua saúde há quatro anos. "Em todos os momentos que eu fazia alguma atividade... [Até] Subir a escada na minha casa. Eu já ficava ofegante", apontou. "E aí o atleta de alta performance leva pra onde? 'Tenho que melhorar o meu aeróbico. Com essa loucura das palestras, eu não tô fazendo tanto aeróbico'."
No fim do ano passado, durante uma viagem familiar aos parques de diversão da Disney, ele teve outra crise. O ex-jogador e seus filhos correram em direção a um brinquedo que havia aberto. "A gente foi correndo, mas parecia que eu estava tomando facadas no pulmão. Pegava a mandíbula e comprimia, em alguns casos falam que vai pro dente, eu sentia repercutir no ouvido", disse.
Há dez dias, veio o sinal definitivo. Durante a festa de aniversário da irmã, a também ex-jogadora de vôlei Adriana Samuel, ele teve outro mal-estar. "Decidi ir pro hospital. Aquele momento ali foi o divisor pra mim. Peguei a família, entramos no carro, minha irmã falou: 'Vai pro hospital'. Eu pensei: '1h45 da manhã? Não, não vou'. Mas eu já tava decidido."
No centro de saúde, recebeu a confirmação da gravidade de seu quadro. "A médica virou e falou: 'Quando tem essa alteração aqui, é infarto'. Eu falei: 'Doutora, o que é isso? Infarto? Não é possível, eu pratico atividades físicas'. É aí que a grande maioria [das pessoas] não quer ficar, vai buscar outra opinião. Mas ela falou: 'E tem mais, você vai ser internado agora!'", recordou.
Depois de cinco dias internado, ele recebeu alta e está em casa, onde vai continuar o processo de recuperação. Agora, em um ritmo bem mais desacelerado. "Tinha três palestras essa semana, o doutor mandou cancelar, depois de todo o trabalho que eu dei (risos). [Ele disse:] 'Você nasceu de novo, 13 de abril de 2024 é o seu novo aniversário'."
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