Mulheres que Amam Demais
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Paula Burlamaqui e Susana Vieira na apresentação de Eu que Amo Tanto à imprensa, na terça (3)
ROSEANE SANTOS, do Rio de Janeiro
Publicado em 7/11/2014 - 15h26
Atualizado em 9/11/2014 - 9h48
A Globo tem a partir de hoje (9) um novo trunfo para o Fantástico. A série Eu que Amo Tanto traz cenas de sexo e violência em que as atrizes Susana Viera e Mariana Ximenes mostram seus seios. Entre os momentos mais fortes dos quatro episódios, estão uma relação entre as personagens de Marjorie Estiano e Paula Burlamarqui e uma insinuação de pedofilia, protagonizada pela atriz mirim Mel Maia. A diretora Amora Mautner diz que tirou o glamour das atrizes e que as fez "sangrar" nas gravações.
Inicialmente proposta para ser uma série semanal, a produção se inspira na série A Vida como Ela É, exibida em 1996, baseada em crônicas de sexo, traição e incesto de Nelson Rodrigues. As novas histórias foram escritas por Marília Gabriela, autora de um livro homônimo, e adaptadas por Euclydes Marinho. A direção é de Amora Mautner, de Avenida Brasil (2012).
Nas gravações, Amora Mautner despiu as atrizes de todo o glamour. “O público conhecerá essas mulheres de forma diferente, sem maquiagem, nuas de vaidade. Vai aparecer peitinho sim, mas a verdadeira nudez será a da alma. Escolhemos mulheres que pudessem sangrar, mostrar todo o sentimento, os medos. A luz quente da fotografia e a trilha sonora ajudarão a mostrar o universo delas", resume.
Amor e tragédias
As histórias têm origem em fatos reais, em depoimentos colhidos no grupo de autoajuda Mada (Mulheres que Amam Demais). A série mostra como o amor e a doença se misturam por meio de Zezé (Carolina Dieckmann), humilhada pelo companheiro Osório (Antônio Callloni); Leididai (Mariana Ximenes), apaixonada pelo presidiário Osmarino (Márcio Garcia); Angélica (Marjorie Estiano), que larga o casamento estável para viver a paixão com Cristiane (Paula Burlamarqui); e pela viúva Sandra, desprezada pelo fotógrafo Miguel (Tarcísio Filho). Todas cometerão atos de loucura em cenas com gritos, pancadaria e muitas lágrimas.
Mel Maia interpreta a personagem de Carolina Dieckmann na infância. Zezé, a personagem de ambas, sofreu abuso do pai quando era criança. “Tivemos muito cuidado, a pedofilia não é colocada de forma explícita, e, sim, insinuada. Nem mesmo a própria Mel notou o que estava acontecendo", diz Amora.
Para retratar o cotidiano de mulheres comuns, a caracterização apostou na simplicidade, deixando as atrizes sem maquiagem em quase todas as cenas. "Adorei. A maquiagem só vale quando contribui para contar a história do personagem. Está passando a reprise de Cobras & Lagartos e ali não tinha como não usar na Leona. Era inimaginável ela sem make, mas, quando acabava, eu tirava tudo", lembra Carolina Dieckmann.
Susana Vieira também aprova a ideia. "Eu saio de casa nua e me entrego ao texto, ao diretor. Fiquei apaixonada e quase caí quando me vi. Não estou horrorosa em cena, mas daqui a pouco volto linda e glamurosa em outra novela", afirma, aos risos.
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