Silvia Poppovic expõe drama para ajudar marido com câncer: 'Comecei a chorar'

Silvia Poppovic expôs o drama que viveu para ajudar o marido, Marcello Bronstein, de 77 anos, a lutar contra um câncer. A jornalista explicou neste domingo (4), na Record, que passou 57 dias em isolamento no hospital com o companheiro, em uma tentativa de apoiá-lo na batalha para vencer a leucemia. "Comecei a chorar", desabafou a comunicadora.

"A gente se surpreende com a capacidade que a gente tem de suportar a espera, a dúvida, porque é isso ou é isso. Não tem escolha", começou Silvia em conversa com o Domingo Espetacular. No desabafo, ela disse que, no dia que a família recebeu o diagnóstico, seu mundo desabou. "Fui para o banheiro e comecei a chorar".

Bronstein tentou a princípio tratar a doença apenas com a quimioterapia e a radioterapia, que levaram sua imunidade a zero --por isso o isolamento se fez necessário. Silvia lembrou que os dias se tornaram mais difíceis por causa de outros problemas de saúde que começaram a aparecer. 

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RUMO À RECORD

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Teve uma vez que eu abri o berreiro porque estava lá no meio de uma situação renal, porque ele estava muito inchado. Quando você faz quimioterapia, radioterapia, você sobrecarrega os rins. Os rins não conseguem dar conta de tanto remédio que está recebendo. 

"É uma loucura isso, não é que ele esteja tão velho. Mas nem todo mundo aguenta fazer isso, quer dizer, passar por quimioterapia, rádio, zerar a imunidade... Durante algum período ele ficou completamente zerado. Nessas horas que você vê que você tem que ter força para ajudar. E é incrível como a gente encontra essa força. É incrível", completou a comunicadora.

Transplante

Diante da falta de resultado com as tentativas de curar a doença apenas com a medicação, o transplante passou a ser uma realidade. Ana Bronstein, única filha do casal, se mostrou compatível ao pai e passou por um longo tratamento para que o processo fosse feito.  

Durante uma semana ela tomou medicamentos muito fortes para estimular a produção de células-tronco. E é um processo muito louco, porque depois ela ficou internada. Eles [médicos] vão coletando as células, recolhem essas células, congelam e aí, quando o Marcelo está justamente no momento em que ele pode receber as células, então é feito o transplante. 

Após o procedimento, a cura não se mostra imediata. No caso de Bronstein, a chamada "pega da medula" demorou três semanas para acontecer, o que deixou a família na expectativa. 

"Nós esperamos exatamente 22 dias, que foi o tempo que durou para ter a pega depois de ter feito o transplante. Foi muito bom. Porque de repente as células brancas começaram a aparecer no sangue, coisa linda. Você vê assim mil, dois mil, três mil, e pronto. Foi muito emocionante. 'Tem que dar certo'. E pegou", lembrou Silvia, sorrindo. 

Futuro

Ainda na reportagem, Silvia explicou que não é porque o transplante funcionou que já é possível sair de casa. Por causa do pouco tempo de recuperação, Bronstein se mantém isolado. A equipe de TV sequer pôde conversar com a jornalista em casa. 

"A gente tem que evitar qualquer tipo de contaminação, a imunidade dele está completamente... não está totalmente errada, mas está baixa, então a gente não pode receber visitas", explicou ela.

Para o futuro, os planos são positivos. Assim que estiver tudo bem, Silvia contou ter sonhos que pretende realizar com o marido. "Os próximos [passos] agora é ele produzir células vermelhas também, em uma quantidade suficiente para que ele esteja com a imunidade cada vez maior para lidar com a vida". 

"Quero realizar os sonhos que nós tínhamos, que é de aproveitar a vida. Conhecer lugares novos, a gente sempre teve esse objetivo. Uma vez por ano ir para um lugar que a gente nunca foi. Muito emocionante isso, porque ele deu a vida para a minha filha, minha única e desejada filha, e agora nesse momento ela salva a vida dele", finalizou a jornalista.