Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

Aposentadoria

Sérgio Chapelin se despede da Globo depois de 47 anos: 'Meu tempo passou'

Reprodução/TV Globo

Sérgio Chapelin apresentava o Globo Repórter desde 1996 e vai se despedir da atração em setembro - Reprodução/TV Globo

Sérgio Chapelin apresentava o Globo Repórter desde 1996 e vai se despedir da atração em setembro

ANA CORA LIMA

Publicado em 15/8/2019 - 5h21
Atualizado em 15/8/2019 - 5h22

Apresentador do Globo Repórter há 23 anos e contratado da emissora desde 1972, Sérgio Chapelin teve sua aposentadoria apressada pela Globo. O contrato do âncora é válido até dezembro, mas ele sairá do ar mais cedo, em setembro. Foi escanteado após uma dança das cadeiras iniciada pela demissão de Dony De Nuccio. A despedida antecipada não surpreendeu o veterano. "O meu tempo passou", diz.

"Há um tempo eu vinha falando que queria me aposentar, e a direção pedia para ficar mais um pouco. Agora, a emissora precisou fazer uma mudança e achou que era o momento certo. Qualquer empresa precisa de uma renovação de quadros e eu sabia que isso iria acontecer comigo, que eu seria o próximo", conta ao Notícias da TV.

Chapelin, que assumiu o Globo Repórter em 1996, depois de dividir com Cid Moreira a bancada do Jornal Nacional, está em paz com a substituição: "Saio de cena para entrar uma pessoa mais jovem", reconhece.

O jornalista se refere a Sandra Annenberg, que vai sair do Jornal Hoje para assumir o seu lugar na atração das noites de sexta-feira. "Deixo o programa em boas mãos. Ela é fera, assim como a Glória Maria, e não vejo problemas em ter duas mulheres apresentando [o Globo Repórter]. É moderno, é poderoso."

Assumidamente avesso a dar entrevistas, ele admite que ainda não sabe o que irá fazer da vida depois de setembro. "Acredito que a pior parte vai ser me acostumar à nova rotina. A única coisa que eu sei é que não quero apresentar nada, não quero gravar textos nem fazer locução. Já li muitos textos na vida."

De acordo com o longo comunicado escrito pelo diretor-geral de Jornalismo da Globo, Ali Kamel, ao anunciar a troca de âncoras, existe a possibilidade de Chapelin elaborar um novo acordo com a emissora, mesmo fora do ar. "Sérgio deixará o Globo Repórter no fim de setembro. Mas não deixará a Globo. Como Cid Moreira, continuará ligado à emissora que a ele é tão grata", escreveu o executivo na ocasião.

Escola antiga

Aos 78 anos, Chapelin passou quase meio século da vida na Globo. Teve uma passagem rápida pelo SBT, que durou um ano, e voltou para a antiga casa em 1984. Reconhece, porém, que acabou não acompanhando a evolução das bancadas.

Ele alega ser um profissional da escola antiga de apresentadores e diz que é contra âncoras que dão sua opinião no ar. "Existem comentaristas, né? O apresentador é aquele que lê o texto de forma isenta, e eu sempre fiz isso", esclarece.

"Há muitos anos, o Armando Nogueira antecipou que para apresentar um telejornal o âncora precisava estar na Redação e ser quase um editor. Isso, eu acho legal e é o que acontece agora na função", exalta Chapelin.

Nascido em Valença, no interior do Rio de Janeiro, o veterano apresentador cogita a possibilidade de viver definitivamente no interior. "Eu sou um homem rural, gosto de andar a cavalo, cuidar da roça. Quero terminar os meus dias no campo", finaliza.

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.