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Sensação há um ano, 'repórteres gatos' desaparecem do Jornal Nacional

Fotos Reprodução/TV Globo

Phelipe Siani na única reportagem em que apareceu no Jornal Nacional em junho - Fotos Reprodução/TV Globo

Phelipe Siani na única reportagem em que apareceu no Jornal Nacional em junho

DANIEL CASTRO

Publicado em 4/7/2016 - 5h27

Há um ano, o repórter Danilo Vieira causou furor nas redes sociais ao aparecer no Jornal Nacional correndo, de camiseta agarrada e calção. Também jovem e arrojado, Phelipe Siani era referência no principal telejornal do país. Seu texto "falado" foi apontado como modelo a ser seguido por jornalistas de todas as afiliadas da Globo. Um ano depois, a onda dos repórteres "gatos" e "moderninhos" passou. Juntos, Vieira e Siani tiveram dez reportagens no Jornal Nacional de junho de 2015. No mesmo mês deste ano, eles apareceram apenas uma única vez no telejornal.

Na Globo, várias são as explicações apontadas para o sumiço dos "queridinhos" de William Bonner _nenhuma delas oficial. A principal é que o noticiário endureceu muito de um ano para cá, e as crises política e econômica tomaram espaço dos "repórteres gatos", que tratam de assuntos sérios, mas de forma mais amena. Outra justificativa é o desgaste. Criticadas pelos jornalistas veteranos, as reportagens "criativas" e informais demais cansaram. Não foram abolidas, mas estão sendo veiculadas com parcimônia.

A Globo não desistiu do português informal implantado com maior vigor a partir da comemoração de seus 50 anos, em abril do ano passado, quando reformou o cenário do Jornal Nacional e seus âncoras passaram a interagir, de pé, com repórteres e com a moça do tempo, Maria Júlia Coutinho. A emissora ainda dá cursos a seus jornalistas sobre o novo modelo de texto que persegue. Mas, diferentemente de Maju, que continua no ar todos os dias, Siani e Danilo Vieira deixaram de ser as "caras" desse "novo" jornalismo.

Danilo Vieira corre em reportagem sobre atividades físicas no JN em junho de 2015

Chamado nos bastidores de "clone de Bonner", por causa do topete, Siani só fez uma reportagem para o Jornal Nacional em junho. Ele apareceu de tênis, jaqueta e camisa para fora da calça no dia 18 para reportar o aumento das doações de roupas de frio no "pré-inverno congelante". Além do texto "moderno", a reportagem chamava a atenção por um outro aspecto: Siani só foi enquadrado de corpo inteiro, à frente de uma prateleira. Nada de closes ou planos americanos, tradicionais no jornalismo.

Um ano atrás, então recém-promovido ao JN, Siani fez seis reportagnes para o telejornal: falou de regulamentação do trabalho doméstico, do uso compulsivo do telefone celular, de lixo, de esgoto, de investimentos da indústria e da dificuldade para se entrar no mercado de trabalho.

Danilo Vieira, a versão Rio de Janeiro do paulista Siani, não deu as caras no JN durante todo o mês de junho deste ano, para frustração de quem sente saudades da reportagem, há um ano, em que ele informava, de calção e camiseta, sobre como os brasileiros se exercitavam. 

Procurada, a Globo não se manifestou sobre o assunto.


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