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MÁGOA DO PASSADO

Ruy Castro reclama de censura de Roberto Carlos: 'Nunca foi amante da liberdade'

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Montagem com fotos do escritor Ruy Castro e do cantor Roberto Carlos

Ruy Castro fala sobre processo movido por Roberto Carlos no programa Provoca, da TV Cultura

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 4/6/2021 - 14h12

Biógrafo de diversos artistas brasileiros, Ruy Castro reclamou da censura de Roberto Carlos no programa Provoca, da TV Cultura. Em entrevista para Marcelo Tas, que irá ao ar nesta terça (8), o escritor afirmou que o cantor "nunca foi amante da liberdade".

O entrave entre o músico e o jornalista é antigo. Em 1983, o intérprete da música Detalhes processou Castro por causa de uma reportagem publicada na extinta revista Status.

No texto, o autor detalhava alguns dos casos amorosos de Roberto Carlos durante sua carreira. O músico perdeu a primeira batalha judicial, mas o escritor foi condenado em definitivo na terceira instância: "Amantes da liberdade são o Caetano [Veloso], o Chico [Buarque], o [Gilberto] Gil. O Roberto Carlos não. Ele nunca foi amante da liberdade, ao contrário, ele é um grande censor. Não gosta que publiquem nada sobre ele".

Além de ter recorrido à esfera judicial, o artista já travou uma longa briga com outro jornalista para impedir a publicação de uma biografia não autorizada. O livro Roberto Carlos em Detalhes, de Paulo César Araújo, foi retirado de circulação em 2007 após um acordo entre o músico e a editora Planeta.

Alcoolismo e carreira profissional

Ruy Castro também falou abertamente sobre seu problema com álcool. O jornalista admitiu que saiu da revista Veja em 1983 por conta do vicio:

A revista era na Marginal [Tietê, via expressa da capital paulista], onde não tem botequim em volta. Eu ficava lá em cima precisando beber desesperado e não podia beber no trabalho, evidentemente. Então, pedi demissão e voltei para casa para beber

O veterano também sinalizou descontentamento com algumas questões profissionais. Autor do livro Chega de Saudade, que conta a história dos músicos que originaram o movimento da Bossa Nova, ele confessou que não gosta quando dizem que o título que já fez 31 anos foi seu melhor trabalho.

"Eu já publiquei depois disso dezenas de livros, alguns dos quais eu me orgulho muito. Então, quando alguém chega e diz para mim que o meu melhor livro é o Chega de Saudade ou O Anjo Pornográfico, publicado em 1992, eu fico achando que de lá para cá eu só fracassei, não consegui melhorar", finalizou. 


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