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NO CANAL COMBATE

Reality monta laboratório fake para testar rendimento de lutadores do UFC

Fotos: Divulgação/Combate

O argentino Santiago Ponzinibbio em cenário virtual do reality Laboratório da Luta, do Combate - Fotos: Divulgação/Combate

O argentino Santiago Ponzinibbio em cenário virtual do reality Laboratório da Luta, do Combate

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 17/9/2018 - 6h42

Lutadores do UFC (Ultimate Fighting Championship) já estão no topo do mercado das artes marciais mistas. Mas sempre há espaço para melhorar suas performances. O reality Laboratório da Luta, do canal Combate, coloca essas feras em um exame avançado de rendimento no octógono e fora dele. Só que nem tudo é o que parece ser: o laboratório digno de CSI da atração é fake e não tem utilidade para os testes.

"Está vendo aqueles computadores ali no fundo? Não servem para nada, só para compor o cenário mesmo", revela o diretor artístico Rodrigo Astiz à reportagem do Notícias da TV, que acompanhou um dia de gravação do programa. "Todos os dados coletados durante os exames são analisados por um carrinho que nós vamos levando junto com os atletas a cada estação de teste."

O programa, que estreia sua terceira temporada nesta segunda-feira (17), às 20h, parte de um conceito simples: atletas de destaque no UFC são testados com equipamentos de ponta e submetidos a provas com análises neurocientíficas, que avaliam a atividade cerebral, o foco e o controle de estresse de cada lutador.

Bruno Mazzioti, Kyra Gracie, Henrique Precioso e Ponzinibbio: ao fundo, o laboratório fake

As gravações são puxadas e levam os participantes ao limite: além de serem testados física e psicologicamente, eles passam cerca de 12 horas no estúdio.

"Já fiz testes de alto nível no Institito de Altas Performances do UFC, mas nunca tinha passado por uma maratona dessas", revela o argentino Santiago Ponzinibbio, protagonista do episódio acompanhado pela reportagem. "Como eu gosto muito de treinar, achei excelente participar do programa. E é bom ir sacando as informações, vendo cada detalhe. Acho que sempre há algo que posso aprimorar."

Além de Ponzinibbio, a terceira temporada do Laboratório da Luta conta com os brasileiros José Aldo (que está no episódio de estreia), Lyoto Machida e Rafael dos Anjos e com a atleta do Quirguistão Valentina Shevchenko, líder entre as lutadoras peso-mosca no atual ranking do UFC.

"Na primeira temporada, era mais difícil convencer lutadores de peso a participarem, porque ninguém conhecia o formato", lembra Astiz. "Agora, ficou mais tranquilo, eles conversam entre si, falam que a experiência é legal. E nós oferecemos aos atletas algo que eles não têm no dia a dia, o equipamento ultramoderno, o conhecimento."

Ponzinibbio treina socos em boneco de testes: alta performance é melhorada nos detalhes

Ciência como entretenimento
Apesar de tratar de temas bastante complexos, como biomecânica e conceitos de física, Laboratório da Luta não pretende ser uma atração chata ou didática demais.

"Meu grande desafio é desmistificar a ciência, mostrar que pode ser superlegal. É uma frustração ver que as pessoas acham que a ciência é desagradável, nós precisamos reconhecer o seu valor", conta Bruno Mazzioti, fisioterapeuta da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain, que divide a apresentação com Kyra Gracie.

Kyra, uma das mulheres de maior destaque no jiu-jítsu e integrante do clã que fundou o UFC, valoriza a oportunidade dada pelo programa aos participantes. "Quando eu lutava, o único jeito que tinha para me aprimorar era rever cada combate e analisar aquelas imagens", lembra ela. "Agora, a tecnologia é bem mais avançada."

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