SABATINA
REPRODUÇÃO/SBT
Jair Bolsonaro em entrevista a Ratinho no SBT; coro de 'imbrochável' foi lembrado na entrevista
Carlos Massa, o Ratinho, levou em tom de brincadeira a falta de decoro de Jair Bolsonaro durante as comemorações do bicentenário de Independência. O apresentador fez menção ao coro de "imbrochável", puxado pelo próprio presidente, em sabatina nesta terça (13) no SBT. "Tem hora que o senhor fica meio imbrochável", disparou.
O comunicador utilizou a expressão ao questionar o candidato à reeleição sobre a relação conturbada com os jornalistas. "Eu tenho deixado de conversar com a imprensa porque ela toca na ferida o tempo todo, sempre bateram em mim", reclamou ele.
Ratinho então arrancou risos de Bolsonaro ao sugerir que ele deveria ficar "meio imbrochável" diante das críticas, mas logo depois foi corrigido pelo ex-deputado. "É resiliente, resistente. Essa é a intenção, você não pode ceder", acrescentou.
O atual chefe do Executivo ainda foi indagado sobre os possíveis erros de seu governo, ao qual fez pouquíssimas ressalvas. "Falo alguns palavrões aí de vez em quando, e o pessoal leva para um outro lugar. É uma maneira de falar meio grosseira e me criticam. Ninguém está procurando um marido para casar", emendou.
O ex-deputado não encontrou qualquer resistência de Ratinho para se vender como "incorruptível" e criticar adversários como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O próprio âncora foi responsável por algumas alfinetadas no petista, afirmando que alguns candidatos prometiam dar "até picanha" para o povo.
No SBT, Jair Bolsonaro também mirou no eleitorado feminino assim como o fez na sabatina promovida pela RedeTV! no início da campanha. Ele encontra a maior resistência nessa parcela da população, em que não consegue diminuir a vantagem na intenção de votos para Lula.
Ele mais uma vez disse que as acusações de misoginia e machismo fazem parte de uma "narrativa" da oposição. "O meu governo foi o que mais prendeu machões. Nós fizemos vários programas para as mulheres", ponderou ele, que mais uma vez citou o projeto para reduzir os escalpelamentos na Região Amazônica.
Bolsonaro também colocou a culpa na alta dos alimentos na pandemia de Covid-19 e na guerra na Ucrânia. "Alguns países têm desabastecimento. A inflação bateu lá em cima na questão dos alimentos, mas no Brasil tem caído em relação à cesta básica, exceto no leite", afirmou.
O presidente ainda se colocou como um dos protagonistas em relação ao conflito russo-ucraniano, relembrando as suas ligações para Vladimir Putin. "Eu fui [falar com o presidente russo] porque eu sou o presidente do Brasil. E o homem do campo precisa de fertilizantes. Eu conversei com ele por três horas e chegaram aqui navios com fertilizantes para até a metade do ano que vem", arrematou ele.
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