JOÃO CAMARGO
DIVULGAÇÃO/CNN BRASIL
João Camargo: presidente e chairman executivo da CNN Brasil se anima com cortes de gastos
João Camargo, presidente da CNN Brasil, afirmou que a expectativa é de que o canal consiga se reerguer a partir de 2024. A franquia brasileira passou por um período conturbado entre 2022 e 2023, com cortes de gastos, reajustes salariais, reformulações de programas, fechamento de sucursais e demissões de estrelas como Monalisa Perrone e Gloria Vanique.
O executivo do canal passou por longas negociações com a matriz norte-americana. Camargo renovou contrato por mais 12 anos e fez do Brasil a principal franquia da CNN no mundo --feito confirmado pelo próprio canal em um comunicado internacional. Ele acredita que a empresa queria "ser muito" e "gastava um dinheiro que não tinha".
"A CNN Brasil será o canal de notícias hard news mais importante do Brasil daqui para frente. Está tudo azeitado. Foi um ano difícil de arar e de carregar o arado nas costas. Renovamos o contrato com a CNN, reduzimos (cortes) a casa e deixamos saudável... Agora é só colher", afirmou ele em entrevista ao site Na Telinha.
"Eu expliquei [aos diretores da CNN Internacional]: 'Esse contrato preciso mudar. Primeiro, preciso prorrogá-lo por um período gigante, senão não vale a pena continuar investindo. Segundo, é que os preços que foram negociados lá atrás são impagáveis'", contou.
Segundo Camargo, o maior desafio era o de quebrar a "cultura empresarial" instaurada na CNN Brasil desde sua abertura em 2020. "Cheguei para o pessoal nas reuniões de diretoria e disse: 'Gente, nós temos que ser uma empresa saudável. Não podemos ter vergonha de dizer que não temos dinheiro para isso'. Tinha CEO que ganhava R$ 600 mil", disse.
O presidente do canal conseguiu reduzir o valor da franquia após os cortes de gastos com espaço e funcionários. A sede teve o valor de salas comerciais renegociadas e reduzidas. Ele quer que os profissionais de comunicação tenham formação multiplataforma para trabalharem tanto na TV quanto nos veículos digitais, além de limpar a programação e reduzir opiniões para focar nas notícias do momento.
"Estamos muito animados. A casa está boa. Quem ficou e o salário era muito caro, renegociamos os contratos. Ninguém ficou aqui com salário de 2022. Quando eu entrei aqui e vi, era qualquer coisa menos uma empresa. Então, fiquei em 2023 consertando a casa, mudando, entendendo, tirando os adjetivos, treinando os redatores e jornalistas", concluiu.
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