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Preconceituoso com reality shows, Marcelo Tas vai apresentar... reality show

Reprodução/YouTube

O apresentador Marcelo Tas em vídeo do seu canal no YouTube, o Descomplica: cultura da mão na massa - Reprodução/YouTube

O apresentador Marcelo Tas em vídeo do seu canal no YouTube, o Descomplica: cultura da mão na massa

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 4/12/2018 - 5h20

O apresentador Marcelo Tas voltará à televisão com um desafio inesperado até para ele mesmo. O ex-âncora do CQC vai comandar o reality show de competição Batalha Makers Brasil, que o Discovery Channel estreará no primeiro trimestre do ano que vem. Detalhe: o eterno professor Tibúrcio admite que tem preconceito com reality shows.

"Devo confessar que amei o convite, mas aceitei com uma pontinha de preconceito com relação a realities que eu tenho. Já estava muito exausto de reality shows, como consumidor mesmo, achei que já era um gênero que tinha cansado muito. Eu, como telespectador, já estava saturado de reality, digamos assim", insiste ele.

Como apresentador, porém, a situação muda. "Eu tive que rever todos os meus conceitos quando a gente começou a trabalhar. Porque é muito difícil, parece simples, mas tem toda uma linguagem própria, uma narrativa, uma técnica. E aí eu mergulhei nisso tudo, e gostei demais", admite.

Para Tas, o grande desafio de apresentar um reality como o Batalha Makers é contar uma história sobre a qual não se sabe nada. "Você tem um roteiro que vai mudando o tempo inteiro. Foi um dos projetos mais desafiadores que eu já fiz", conta. "Quando você percebe a dificuldade que é manter uma narrativa em um reality, você vê que os caras que fazem esse gênero são muito bons", diz ele, dando o braço a torcer.

Mãos à obra
Batalha Makers Brasil, como o nome indica, será uma competição entre makers. Mas quem são essas pessoas, exatamente? São mentes criativas, habilidosas, que fabricam coisas das mais variadas, da concepção à programação. No primeiro episódio, por exemplo, eles farão as próprias cadeiras que precisarão usar pelo resto da temporada. Mas também terão até de colocar drones no ar.

Tas com os jurados Rita Wu, Edgar Andrade (no alto) e Ricardo Cavallini (Reprodução/Instagram)

Tas já tem familiaridade com a cultura maker. "Eu frequento muito esse universo de startups, participo da ONG Amigos da Poli [que financia projetos desenvolvidos na Escola Politécnica] e recebo muitos projetos de gente jovem, muitos deles feitos em colaboração com fab labs [laboratórios de fabricação equipados com ferramentas que permitem fazer quase tudo]. Estou sempre em contato com essa cultura de fazer coisas com as mãos e com tecnologia", explica.

Nada do que ele vivenciou se compara ao que viu durante as gravações da primeira temporada do Batalha Makers. "Aprendi muito sobre isso tudo no processo. Porque temos três jurados que são conhecedores do assunto, a Rita Wu, o Edgar Andrade e o Ricardo Cavallini, que me ensinaram demais. E os competidores também."

Marcelo Tas reconhece que a superação do preconceito que tinha com reality shows se deve ao fato de o seu programa tratar de um tema que o interessa. E também por ser um produto inédito, e não uma adaptação de um formato comprado no exterior.

"A gente teve muita liberdade para criar, isso eu gostei demais. Mas, ao mesmo tempo, o desafio é maior. Quando você recebe uma fórmula que já foi testada em outros países, é mais fácil. Mas aí você perde a chance de encontrar uma cara nacional, que foi o que aconteceu com o Batalha", explica.

Como apresentador, Tas também se interessa pela possibilidade de contar as histórias dos participantes. "Apesar de ser interessante mostrar como são feitas coisas que as pessoas nunca viram, o drama humano é sempre mais legal. E são figuras muito distintas, de várias regiões, com idades que vão de 18 a 50, classes sociais diferentes. Essa convivência deu uma riqueza muito grande."

O programa Batalha Makers Brasil é uma parceria da produtora Academia de Filmes com a rede #republique e o Discovery Channel.

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