Por que Walcyr Carrasco usa cadeira de rodas? Médico detalha quadro do autor

Após uma queda em setembro que resultou em uma fratura no fêmur, Walcyr Carrasco está usando cadeira de rodas para facilitar sua recuperação. O cuidado maior do novelista com sua saúde, no entanto, começou há cerca de um ano. "Ele vem em tratamento de hérnia discal que comprometia sua locomoção", explicou Pedro Andrade, médico que cuida do autor de Terra e Paixão.

Pós graduado em nutrologia, endocrinologia e medicina preventiva, Andrade atende o novelista na clínica que leva o seu nome em São Paulo. "Somos pioneiros em medicina de precisão e nutrigenômica no Brasil. Walcyr nos procurou pensando em melhorar sua qualidade de vida, e a prevenção de doenças por meio de nossos estudos genéticos", contou o profissional de 33 anos.

De acordo com o médico, Carrasco apresentou melhora após usar  células da medula para recuperação durante o tratamento de medicina regenerativa. "Após isso veio a queda com fratura. O uso da cadeira de rodas é esporádico. Em breve, estará andando", explicou Andrade, que cita que a maior dificuldade para ele voltar a andar normalmente é não poder, atualmente, fazer atividade física: "Mas de maneira geral é um bom paciente e muito obediente".

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Andrade afirma ainda que o principal tratamento de Walcyr, que tem 72 anos, é o fortalecimento dos seus músculos: "Massa muscular é o plano de saúde de qualquer idoso. Decréscimo de músculo nessa idade aumenta risco de morte por todas as causas. É preciso também fisioterapia para melhorar mobilidade, suplementação e dieta anti-inflamatória para melhorar a resposta do tratamento".

Mesmo trabalhando incessantemente na condução dos capítulos na reta final de Terra e Paixão, Walcyr leva o tratamento a sério com serenidade e bom humor.

"Ele é uma pessoa extremamente presente, culta, engraçada. Na clínica, ele brinca com todos, do manobrista aos médicos. É uma pessoa muito querida por nós, tem tiradas inteligentes, e cria-se um ambiente familiar quando ele esta próximo. E 90% do tempo passamos fazendo piadas um com outro. Isso faz parte do tratamento, cria vínculos e deixa naturalmente o paciente e um ambiente favorável para a cura", elogiou o médico.