BASTIDORES DO DOCUMENTÁRIO
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Monique Alfradique fez parte do grupo de paquitas Geração 2000: contrato foi rompido anos antes
A briga e o rompimento de Xuxa Meneghel e Marlene Mattos em 2002 teve sérias consequências para as meninas que trabalhavam como paquitas na época. Com contrato de oito anos a partir de 1999, as assistentes de palco ficaram desamparadas, sem trabalho e sem casa após o fim da parceria entre a apresentadora e sua empresária.
A história foi revelada em depoimentos das ex-paquitas e de ex-funcionários da Xuxa Produções durante gravações do documentário Para Sempre Tão Bom. Monique Alfradique, Letícia Barros, Lana Rhodes, Thalita Ribeiro, Gabriella Ferreira, Stephanie Lourenço, Joana Mineiro e Daiane Amêndola gravaram suas participações e relembraram o drama que viveram na época.
As assistentes de palco foram anunciadas no Planeta Xuxa (1997-2002) de 29 de março de 1999 e ganharam um contrato inicial de três meses, para ver se iriam se adaptar à nova rotina, que era puxada e cheia de regras. Em outubro daquele ano, as paquitas da New Generation se despediram do programa, e as escolhidas da Geração 2000 assumiram seu posto oficialmente --fechando um vínculo de oito anos.
Em 2002, porém, Xuxa e Marlene romperam a parceria. As "paquitinhas" --como ficaram conhecidas-- souberam do fim do Planeta Xuxa pela imprensa. As garotas --que tinham entre 14 e 17 anos-- ficaram desempregadas da noite para o dia, sem uma palavra da apresentadora ou da empresária.
De acordo com pessoas ligadas à produção do documentário e ouvidas pelo Notícias da TV, as ex-paquitas contaram que o então advogado da Xuxa Produções, Luiz Claudio Moreira, entrou em contato com os responsáveis pelas menores para a rescisão do contrato cinco anos antes do prazo.
A maioria delas era de fora do Rio de Janeiro e morava de aluguel em imóveis que tinham como fiador a antiga empresa de Xuxa e Marlene. No dia da reunião, o advogado avisou aos responsáveis que todos tinham um mês para deixar suas casas. As paquitas e seus pais não foram procurados pela rainha dos baixinhos para uma despedida nem para um agradecimento.
Com o rompimento, Luiz Claudio Moreira se tornou sócio de Xuxa ao lado de Monica Muniz, que era assessora de imprensa da apresentadora e mulher do advogado. Anos depois, a apresentadora entrou em guerra com ele, e mais uma parceria foi rompida. Monica assumiu as rédeas da carreira da amiga, mas a sociedade também acabou --e cada uma seguiu para um lado.
Xuxa foi confrontada sobre a maneira como tratou as paquitas em seu depoimento para o documentário --que ainda não tem data para estrear. Ela disse que não procurou as meninas na época porque estava com muitas decisões para tomar e não teve cabeça para entender a dimensão do problema que causou para as adolescentes.
Entre as ex-paquitas convidadas, apenas Vanessa Mello e Diane Dantas, do grupo New Generation --time anterior ao da Geração 2000-- não aceitaram gravar. A primeira, que virou jornalista, não quer saber de fama e não tem o menor interesse em aparecer no vídeo novamente. Ela se dá bem com as outras colegas de grupo e sempre se encontra com elas, mas optou pelo anonimato.
Já Diane, advogada tributária, nunca manteve contato com as ex-amigas. Desde que a formação New Generation acabou, em 1999, ela só se reuniu com seu grupo uma vez e evitou aparecer depois disso.
Gisele Delaia ainda não gravou sua participação porque mora no Canadá. A equipe do documentário estuda a possibilidade de ela fazer parte de maneira remota, embora ainda se cogite uma viagem ao Brasil para o encerramento.
Xuxa e a direção do documentário --que terá o comando de Pedro Bial ao lado de Ana Paula Guimarães, ex-paquita e diretora da Globo-- querem promover um grande encontro entre todas as ex-assistentes na mansão da apresentadora em Angra dos Reis. Assim que a data for marcada, a Globo tentará dar um jeito de trazer Gisele.
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