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Maicon Küster

No Jornal da Record, emissora pede desculpa a humorista por associá-lo à pedofilia

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Imagem de Maicon Küster, em seu canal no YouTube, com óculos

Maicon Küster, em seu canal no YouTube; humorista pretende processar a Record por causa do erro

REDAÇÃO

Publicado em 3/8/2020 - 21h54

No Jornal da Record desta segunda-feira (3), a emissora pediu desculpa ao humorista Maicon Küster por associá-lo erroneamente ao crime de pedofilia. Em reportagem exibida ontem (2) no Domingo Espetacular, foi mostrado que o verdadeiro suspeito do crime usava um perfil falso nas redes sociais com a foto do youtuber. Por causa do erro, Küster pretende processar a emissora.

"Na reportagem exibida ontem no Domingo Espetacular, a foto do perfil falso de Henrique apareceu sem o rosto borrado e acabou expondo a imagem de uma pessoa que não era Syllas, o suspeito. A foto era do influenciador digital e humorista Maicon Küster. O programa pede desculpas a Maicon Küster pelo erro e pela exposição da imagem. Não houve qualquer intenção de expor ou causar transtorno à sua imagem", afirmou a jornalista Natalie Machado, na edição de hoje do JR.

No Domingo Espetacular, a reportagem apresentou os perfis usados pelo suspeito, com os nomes falsos de Talita e Henrique para cometer os crimes. Na conta masculina, era utilizada a imagem do personagem Lorenzo, o Favela de Condomínio, interpretado por Küster em suas redes sociais.

Por causa do erro, a hashtag #RecordLixo se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter desde a manhã, com várias críticas à emissora.

Em seu canal no YouTube, Maicon disse que teme por sua integridade física após a reportagem e afirmou que pretende processar a emissora. Um trecho deste vídeo foi exibido na reportagem do Jornal da Record, mas a parte em que o youtuber fala do processo e do temor por sua vida não foi mostrada.

"Não quero me preocupar com este tipo de merda que não tem nada a ver comigo. Agora, chegou em um momento em que temo pela minha vida e integridade física. Como essa matéria foi veiculada no Brasil todo, estou com muito medo de sair de casa por coisas que jamais imaginaria que seria associado. Eu definitivamente posso morrer por conta do nível em que eles [Record] chegaram", desabafou Maicon.

O caso teve início após a Polícia Civil do Distrito Federal identificar Syllas Silva, suspeito de pedofilia nas redes sociais. Ele segue preso preventivamente e foi indiciado por estupro virtual, armazenamento e divulgação de conteúdo pornográfico. A defesa de Syllas não foi encontrada pela reportagem.

Confira o vídeo de Maicon Küster:

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