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FRANQUIA CHICAGO

NBC adia retorno de séries para transmitir caos de protesto pró-Trump nos EUA

REPRODUÇÃO/NBC

O ator Jason Beghe olha sério como o personagem sargento Voight na série Chicago P.D., da NBC

Jason Beghe como o sargento Voight na série Chicago P.D.; retorno da série nos EUA foi adiado

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 7/1/2021 - 8h28

A emissora norte-americana NBC adiou o retorno das séries da franquia One Chicago, marcado para a noite de quarta-feira (6), para dar espaço ao jornalismo e transmitir o caos do protesto pró-Donald Trump nos Estados Unidos. "Chicago Med, Fire e P.D. vão ao ar na próxima semana", avisou a rede de televisão nas redes sociais.

Segundo o TV Line, o NBC News fez uma extensa cobertura sobre os manifestantes que não aceitaram a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais e invadiram o Congresso Nacional em Capitólio, Washington, para impedir a confirmação do democrata como sucessor de Trump.

A emissora havia adiantado o retorno da franquia One Chicago para compensar o hiato após a exibição de apenas dois episódios inéditos no ano passado --cujo cronograma foi prejudicado devido à pandemia da Covid-19, que atrasou a gravação, edição e exibição de todo o setor de entretenimento mundial.

Entretanto, com o caos instaurado nos Estados Unidos, a NBC optou por manter a transmissão ao vivo dos protestos a favor de Donald Trump, futuro ex-presidente do país, que incitou a violência e teve sua conta no Twitter bloqueada por 72 horas.

Confira a publicação da NBC: 

Emissoras afetadas

A NBC exibiu três horas de cobertura de notícias começando nas regiões leste e central do país, substituindo os inéditos de Med, Fire e P.D. Reprises da franquia foram ao ar nos fusos horários da costa oeste ao fim da programação jornalística.

A ABC, outra emissora, também adiou os episódios inéditos de Quem Quer Ser um Milionário para exibir um noticiário especial de três horas sobre a manifestação. Reprises do Shark Tank foram ao ar na sequência. Já a CBS teve apenas que trocar as reprises de Seal Team e Swat por uma reportagem especial de duas horas.

Atentado contra a democracia

Presidente eleito nas disputa eleitoral de novembro de 2020, Joe Biden,  dirigiu-se à nação na tarde de quarta, declarando que o país estava vivendo um ataque. "A esta hora, nossa democracia está sob um ataque sem precedentes, diferente de tudo que vimos nos tempos modernos. Um ataque à cidadela da liberdade, o próprio Capitol", disse o político. 

"Foi um ataque aos representantes do povo, a polícia do Capitólio jurou protegê-los e aos servidores públicos que trabalham no seio de nossa república. Um ataque ao império da lei como poucas vezes que já vimos. Um ataque ao mais sagrado dos empreendimentos americanos: cuidar dos negócios do povo", continuou o rival de Donald Trump.

"Deixe-me ser muito claro: as cenas de caos no Capitol não refletem uma verdadeira América. Não represente quem somos. O que estamos vendo é um pequeno número de extremistas dedicados à ilegalidade. Isso não é dissidência, é desordem. É o caos. É quase uma sedição. E isso deve acabar agora", concluiu o democrata. 

Já o ainda presidente dos EUA, Donald Trump, seguiu com um vídeo de sua autoria, com duração de 60 segundos e repetidamente regurgitando suas alegações de fraude eleitoral generalizada, que foram refutadas por uma série de funcionários eleitorais. O vídeo de Trump foi posteriormente removido do Facebook e do Twitter por violar as regras dos sites.

Depois que os apoiadores invadiram o Congresso com violência e uma mulher foi baleada, o republicano seguiu com suas acusações sem provas de que a eleição foi roubada, mas pregou paz aos protestantes.

"Eu conheço sua dor. Eu sei que vocês estão feridos. Tivemos uma eleição que nos foi roubada. Mas vocês têm que ir para casa agora. Precisamos ter paz. Precisamos ter lei e ordem. Temos que respeitar nosso excelente pessoal na aplicação da lei. Não queremos que ninguém se machuque", alegou o republicano.

"Na melhor das hipóteses, as palavras de um presidente podem inspirar. Na pior das hipóteses, eles podem incitar. Portanto, peço ao presidente Trump: Vá à televisão nacional agora para cumprir seu juramento, defender a Constituição e exigir o fim deste cerco", pediu Biden. O protesto resultou na morte de quatro pessoas. 


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