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BRASIL X VENEZUELA

Narrador do SBT justifica Copa América controversa com números da Libertadores

REPRODUÇÃO/SBT

Téo José, narrador do SBT, com camisa azul em cenário de futebol

Téo José, narrador do SBT, foi escalado para comandar a estreia do Brasil na Copa América

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/6/2021 - 18h27
Atualizado em 13/6/2021 - 18h46

Antes do início do primeiro jogo da controversa edição da Copa América, neste domingo (13), o narrador do SBT Téo José citou alguns dados aleatórios de jogos internacionais realizados no Brasil em 2021. A fala dita quando os jogadores de Brasil e Venezuela entraram em campo mais pareceu uma justificativa para a realização do campeonato no país, que provocou críticas.

"Só uma informação: em 2021, tivemos 50 partidas internacionais disputadas no Brasil. Foram 28 jogos na Libertadores, 21, da Sul-americana, e um jogo das Eliminatórias. Da Copa América serão 28 jogos", ditou o narrador.

Téo José ainda deu um breve histórico de como o Brasil acabou, às pressas, se tornando sede da competição.

"Esta Copa América estava planejada para Argentina e também para a Colômbia, mas devido a problemas políticos e manifestações na Colômbia, e também agravamento da crise da Covid-19 na Argentina, a Conmebol pediu para o Brasil sediar. E o Brasil abraçou a Copa América seguindo protocolos rígidos, sanitários, e agora vamos ver a parte esportiva, veremos Brasil e Venezuela em campo", explicou.

Entenda a polêmica

A decisão do governo de aceitar ser sede da Copa América em meio à crise sanitária da Covid-19 dividiu opiniões. Diversos jornalistas da Globo, inclusive,  têm sido contundentes em suas críticas.

No SporTV, o narrador Luis Roberto detonou a confirmação da competição no Brasil. "Isso é uma vergonha. Essa Copa América já não deveria ser realizada. A pandemia interrompeu várias competições mundo afora. Neste momento, é só mais um torneio caça-níquel", protestou.

O comentarista Walter Casagrande, por sua vez, escreveu no portal esportivo do grupo que será uma "Copa América macabra, com jogos da morte".

Nos bastidores da concorrência e no Palácio do Planalto, as críticas dos jornalistas da Globo estão sendo vistas como uma tentativa de politizar a Copa América por interesses comerciais, já que os direitos de transmissão são do SBT.

Houve quem acusou Casagrande, Luis Roberto e Galvão Bueno de hipocrisia, mas é fato que eles também criticaram a realização de campeonatos transmitidos pela Globo. No Bem, Amigos da última segunda (7), Galvão se defendeu:

Quando o futebol brasileiro voltou no ano passado, eu fui contra. Quando voltou a Copa do Brasil no ano passado, produto nosso, eu fui contra. Por que então eu iria transmitir o jogo na sexta-feira? Fiz e fiz com uma felicidade de fazer um jogo do Brasil, mas também disse e disse na transmissão que, por mim, não estaria fazendo hoje, estaria fazendo mais à frente. Me lembro de ter dito aqui [no Bem, Amigos] que o problema era você trazer essas quase mil pessoas pra ficarem circulando. A Conmebol deu um passo pra trás e permitiu que aqueles que quiserem ficar em casa, vir [para o Brasil] e jogar, podem. A Argentina já se resolveu que vai fazer isso. E quero dizer outra coisa: se tiver Copa América, eu vou torcer muito pra que dê tudo certo. Todo mundo aqui tem a cabeça do bem. Vou torcer pra que tudo funcione.

Web dividida

Durante a partida de estreia do Brasil contra a Venezuela, muitos internautas comemoram a transmissão como se fosse um gol do SBT contra a Globo. No Twitter, os telespectadores esquentaram a rivalidade das emissoras, e até o presidente Jair Bolsonaro entrou na pilha. Veja algumas reações na internet:


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