MULHERES DE AREIA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Nanda Costa no Altas Horas deste sábado (24); ela fez revelação inusitada de infância em Paraty
Nanda Costa revelou um passado em comum com Marcos Frota: as gravações de Mulheres de Areia (1993). Enquanto o ator vivia o icônico Tonho da Lua no folhetim, que voltará ao ar a partir desta segunda (26) numa edição especial, Nanda acompanhava todas as gravações com afinco. Ainda criança, ela sonhava com uma carreira artística --e o fato de cenas da novela terem sido gravadas numa praia paradisíaca de Paraty, no Rio de Janeiro, onde morou na infância, só aumentaram seu desejo de atuar.
O encanto pelas cenas era tanto que a atriz passou a imitar Tonho da Lua para todos os seus conhecidos. "Eu era criança, e eu ficava acompanhando a gravação, sonhando em estar lá atrás da fita zebrada. Eu ia lá e imitava o Tonho da Lua", contou ela no Altas Horas deste sábado (24).
"E eu comecei a ouvir da minha família que eu era artista porque eu imitava ele muito bem. Sempre falava, assim, então sempre foi uma referência", completou a atriz. Frota apenas deu risada e se curvou em agradecimento, retomando suas próprias memórias do período.
Uma das mais fortes diz respeito a Paulo Goulart (1933-2014), que viveu Donato, o pai dele na trama "O que seria do Tonho da Lua sem o Paulo Goulart? Ele deu para mim aquilo que todo artista sonha num companheiro, sabe? Que é o sentido da disciplina, do trabalho, da técnica. A emoção vem, quando você se prepara... Eu vou começar a me emocionar porque o Paulo é um anjo para mim, assim", contou, com os olhos cheios de lágrimas.
Ele aproveitou a presença de Beth Goulart para elogiar ainda mais o ator veterano: "Todas as vezes que eu falo do Paulo Goulart é como se ele estivesse me olhando. Me... Me acompanhando, entendeu? Eu tenho pelo Paulo um amor de filho para pai", admitiu o ator.
"Ele alimentava muito isso", concordou Beth. "Os dois. Meu pai e minha mãe [Nicette Bruno]. Esse amor, esse companheirismo... Ele adorava lidar com quem estava começando, quem estava fazendo algum trabalho. Alguma dificuldade, ele parava [e dizia]: 'Meu filho... Ouça. Ator tem que saber ouvir'. E é isso que eu acho que ele fazia lindamente com todas as pessoas. Ele tinha... Essa capacidade de observar o ser humano."
Mas o que mais marcou o ator foi a força de Tonho da Lua. Essa característica do personagem fez com que o ator enfrentasse o luto pela morte da mulher, Cibele Ferreira, com mais coragem.
"A minha mulher, Cibele, com três filhos e 17 anos de casamento, bateu o carro na frente da minha casa e me deixou com três crianças. O mais novo tinha dois anos. Quando olhei para aquilo tudo, encontrei dentro de mim um tecido espiritual, uma compreensão da dor, que o Tonho da Lua que tinha me ensinado. Aquilo foi incrível", disse ele.
Esperava que a vida pudesse se misturar tanto com a arte, dessa forma. Percebi, através do Tonho da Lua que, na verdade, eu tinha ganhado um presente na vida que era ser o pai e a mãe dos meus filhos. Hoje, estão todos lindos, graças a Deus sou avô já. E a outra coisa, é você ter um personagem popular. Você vira meme, nome de rua, time de futebol… Até hoje, aonde eu vou, as pessoas falam: 'e o Tonho da Lua?'. Tá marcado para sempre no meu coração.
O programa contou ainda com Emmanuelle Araújo, Eriberto Leão, Larissa Luz, Marcos Frota, Nathalia Dill, Jackson Antunes e Jonathan Azevedo. A ideia era homenagear atores que cantam e cantores que atuam.
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