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NO FANTÁSTICO

Mulher que acusa Felipe Prior relembra noite de suposto abuso: 'Ferida aberta'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Felipe Prior no BBB 20

Felipe Prior durante participação no BBB 20; ele foi condenado a seis anos de prisão por abuso sexual

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 16/7/2023 - 23h29

Na semana passada, o ex-BBB Felipe Prior foi condenado a seis anos de prisão por uma acusação de estupro ocorrida em 2014. Neste domingo (16), a vítima do arquiteto quebrou o silêncio e relembrou a noite traumática em que teria sido atacada. "Sempre vai ser uma ferida aberta. Infelizmente, ela faz parte da minha história", relatou.

"O que eu posso fazer com ela hoje é mostrar pro mundo que nenhuma mulher merece ter uma ferida dessas. Eu posso ajudar as outras mulheres a terem coragem de se posicionar. Porque isso precisa parar", continuou a sobrevivente, que não se identificou na reportagem.

Ela relatou que o evento ocorreu após uma festa na faculdade de Arquitetura, que cursava juntamente com Prior --os dois se conheciam porque tinham um esquema de carona paga, já que moravam em regiões próximas. "Eu estava com a minha amiga. A gente bebeu, eu tinha terminado o namoro fazia uns dois, três meses. Ela também tinha terminado o namoro recentemente."

"Na hora de ir embora, eu cruzei com o Prior. Ele: 'Ah, eu também tô indo, você quer uma carona?'. Falei: 'Ah, tá bom'. Essa minha amiga também morava na Zona Norte, ele deixou primeiro a minha amiga na casa dela", continuou.

E quando a gente estava indo sentido à minha casa, ele parou o carro no meio da rua, desafivelou meu cinto, começou a me beijar. E aí ele foi pro banco de trás e me puxou, começou a tirar a minha roupa. E, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo.

"Eu falei: 'Felipe, eu não quero, não quero'. Eu comecei a tentar resistir fisicamente, e ele começou a puxar meu cabelo. Começou a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito... Ele começou a falar pra eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era a hora de falar 'não'. E começou a forçar a penetração.

"Quantas vezes eu preciso falar 'não' pra pessoa entender que ela está me machucando? Que ela está me violentando? E ele é muito mais forte do que eu. Então não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso, eu gritei, começou a sair muito sangue", continuou a vítima.

O sangue acabou sendo o que forçou o ex-BBB a parar, de acordo com ela. "Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele. Ele perguntou se eu queria ir pro hospital, eu falei que não, que eu só queria ir pra minha casa."

"Quando eu cheguei na minha casa, eu fui direto pro banheiro. Fiquei no chuveiro tentando estancar o sangue sozinha, mas minha pressão já estava muito baixa. Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar. Ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou: 'A gente vai pro hospital'."

"O Felipe, no dia seguinte, me mandou uma mensagem perguntando como eu estava. E eu falei que estava machucada, que tinha feito uma ferida, e pedi pra ele não contar pra ninguém. E eu estava com medo de ele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação. Não queria que as pessoas me vissem e me enxergassem e pensassem nisso, sabe?"

"Eu não me via como vítima. Eu fui escondendo isso de mim mesma, fui evitando lidar com essa situação. Eu achava que eu ia conseguir apagar isso da minha vida e seguir em frente, como se nada tivesse acontecido. Mas isso não aconteceu. Eu tive crises de pânico, crises de ansiedade, agravaram muito mais a minha situação psicológica", admitiu a mulher de 31 anos.

Em nota compartilhada nas redes sociais, Felipe Prior alegou inocência. "Através do presente comunicado, com pesar, mas profundo respeito, a defesa de Felipe Antoniazzi Prior recebeu informações pelos meios de comunicação da sentença de procedência da ação penal. A qual inclusive sequer foi publicada e se encontra em segredo de Justiça.

A sentença será objeto de apelação, face a irresignação de Felipe Antoniazzi Prior e de sua defesa, que nele acredita integralmente, depositando-se crédito irrestrito em sua inocência e de que, em sede recursal, lograr-se-á sua reforma, em prestígio à Justiça, reconhecendo-se sua legítima e verdadeira inocência, que restou patentetemente demonstrada durante a instrução processual.

Reafirmando-se a plena inocência de Felipe Antoniazzi Prior, repisa-se ser esse seu status cívico e processual, à luz da presunção de inocência, impondo-se a ele, como aos demias cidadãos em um Estado Democrático de Direito, como o pátrio, respeito, em primazia ao inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal brasileira, que preconiza que 'ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória', para que não se incorra em injustiças, como muitas já assistidas, infelizmente, em nosso país."

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