NO FANTÁSTICO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Rosângela da Silva, a Janja, no Fantástico: primeira-dama perdeu mãe com Covid-19 na pandemia
Na entrevista ao Fantástico, Rosângela da Silva, a Janja, revelou como foi o começo do romance com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e falou sobre o período em que ele estava preso. Já as críticas e a resistência sobre a presença dela na campanha e na transição de governo, a socióloga afirmou que não se importa. No entanto, a futura primeira-dama do Brasil ficou com os olhos cheias de lágrimas ao lembrar a morte da mãe após contrair Covid-19.
Poliana Abritta e Maju Coutinho fizeram uma verdadeira sabatina com Janja, que não mudou de assunto nem com as perguntas mais polêmicas, como a dos ataques que ela sofreu. Questionada enfaticamente pelas apresentadoras se houve machismo com ela dentro do próprio Partido dos Trabalhadores e aliados, ela confirmou que sim:
"Houve machismo porque a figura do Lula por si só se bastasse, mas agora olham para ele e também estão me vendo. Ele tem um complemento", disse. A socióloga fez parte de um núcleo de mulheres que trabalharam articulações na campanha à presidência do então candidato petista, mas minimizou sua participação e destacou em especial a de Simone Tebet e de Marina Silva.
Janja, aliás, quer ressignificar o que é ser uma primeira-dama. "Papel de articulação com a sociedade civil", definiu. A mulher de Lula também já foi atacada por sua ligação com religiões de matriz africana e declarou: "Ser atacada por conta disso só me dá orgulho. Muitas pessoas falaram para apagar a foto com imagens de orixás, mas não vou apagar, aquilo também me representa".
Ao saber que a prisão de Lula havia sido decretada, ela contou que chorou muito e não conseguiu mais nem dirigir. Janja tem guardadas a sete chaves as cartas que trocava com o amado enquanto ele estava detido. "Teve momentos muito difíceis nesses 580 dias, mas o mais difícil foi, com certeza, o da morte do neto."
O dia da soltura do companheiro, para a socióloga, foi de muita esperança. "Quando eu vi, ele estava me abraçando. Não tive dúvida, fiz minha mala e vim para São Bernardo do Campo [SP] com ele", disse.
Depois, com a pandemia, ela levou a mãe para viver com casal. A mãe de Janja, Vani Terezinha Ferreira, teve infecção urinária, foi internada e contraiu Covid-19. Nesse momento, os olhos da futura primeira-dama se encheram de lágrimas. "Ela morreu no dia do aniversário dela", lembrou.
Sobre o casamento, ela disse que o Brasil não conhece o homem bem-humorado que Lula é. "A gente acorda dando risada." A união aconteceu em maio deste ano, mas começou a ser pensada lá atrás. "Era o sonho casar, a gente começou a pensar no papel através das cartas e, de repente, aconteceu. Ele não parava de chorar. Aí, eu comecei a chorar e foi um choro só."
E como eles se conheceram? Já tinham se encontrado em eventos algumas vez, mas Janja conheceu Lula para valer em um jogo que ela foi para ver o cantor Chico Buarque. "Sentamos para almoçar, depois, ele conseguiu meu telefone e aí começou. Ele estava de olho em mim."
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.