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ONIX LORENZONI

Ministro de Bolsonaro é desmentido por âncora da CNN e discute ao vivo

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Montagem de fotos com Rafael Colombo e Onix Lorenzoni no CNN Novo Dia, da CNN Brasil

Rafael Colombo entrevistou Onix Lorenzoni no CNN Novo Dia na manhã desta quinta (15)

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 15/4/2021 - 12h29

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni foi entrevistado pelo CNN Novo Dia na manhã desta quinta-feira (15) e discutiu ao vivo com o âncora Rafael Colombo. O político, integrante do governo Jair Bolsonaro, foi desmentido ao defender o tratamento precoce contra a Covid-19 e teve um bate-boca pelas mortes pela doença no Brasil.

Depois de Lorenzoni citar o número bruto de pessoas vacinadas, o jornalista da CNN Brasil apontou que, na conta proporcional da população, o país está atrás na fila de imunização em relação a outros países. Na sequência, Colombo rebateu uma afirmação sobre os óbitos pela Covid-19.

"O senhor disse que eu estava mentindo quando me referi ao número de mortos no Brasil. Nos últimos 30 dias, o Brasil é responsável por, em média, 30% das mortes por Covid em todo o mundo. Todos nós lamentamos aqui, ministro, porque todos nós tivemos amigos ou familiares mortos. Eu só quero pontuar isso aqui porque o senhor disse que o dado era mentiroso. Agora em abril, nós ultrapassamos os Estados Unidos em mortos por milhão", explicou o âncora do CNN Novo Dia.

"O senhor disse que o Brasil era o país onde mais morria gente por Covid. Não é verdadeiro. O Brasil não é o país onde mais se morre gente por Covid, existem países muito maiores do que nós e com um volume maior do que o nosso", rebateu o ministro. "Nós respondemos por 30% das mortes por Covid no mundo, é isso o que estou falando pro senhor", justificou o jornalista.

Onyx Lorenzoni fez um longo desabafo defendendo que essa "narrativa" tinha como objetivo responsabilizar Jair Bolsonaro por todas as mortes pela Covid-19 no mundo. "Ele é o culpado de tudo. Sabe qual é o problema? O problema é que como o presidente [Donald] Trump saiu dos Estados Unidos o único líder de direita relevante é Jair Messias Bolsonaro, e todo esse sistema precisa destruir esse representante", alegou o político.

"Como um país da relevância do Brasil vai ter um presidente honesto, um presidente que não dá dinheiro para as empresas de comunicação, um presidente que não fez negociata, que não deu dinheiro para grandes empresas de obras públicas? Como esse país começou a funcionar dessa maneira? Isso incomoda e incomoda muita gente, mas pode ter certeza que a população na rua tá satisfeita com o governo", defendeu Lorenzoni.

O ministro já havia citado que alguns setores fazem parte da "extrema imprensa" que quer destruir a imagem do presidente. Rafael Colombo voltou a explicar os questionamentos.

"Eu vou dizer ao senhor que a minha preocupação é mais rasa do que essa, talvez o senhor já esteja num patamar de compreensão do que se passa no mundo além daquele que eu consigo. A minha preocupação neste momento é saber onde nós erramos como país", reforçou o âncora.

"É claro que o presidente da República vai ser cobrado porque ele é a autoridade máxima do país, assim como governadores, médicos e nós da imprensa. Mas o presidente da República, seja ele quem for, estaria sendo cobrado. Não se trata de perseguição, mas uma cobrança de alguém que foi eleito e tem responsabilidade por aquilo de bom e de ruim. Não é ideologia nem narrativa como o senhor gosta de dizer", enfatizou Colombo.

Os dois continuaram trocando argumentos sobre o tema até o jornalista encerrar a entrevista de forma cordial. "Conversa franca, direta e sem rodeios", disse Onix Lorenzoni. Depois que a chamada de vídeo foi desligada, o comandante do CNN Novo Dia voltou a desmentir o ministro com a leitura de uma nota.

"Nós reafirmamos aqui que, segundo a Organização Mundial da Saúde, não existe tratamento precoce com comprovação científica contra a Covid-19, o que médicos e cientistas defendem é distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel e vacinação em massa, que é a única forma de garantir a imunização da população", finalizou Colombo. Assista abaixo à entrevista:


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