FALA BRASIL
DIVULGAÇÃO/RECORD
Mariana Godoy a frente do Fala Brasil; ela qualificou o procurador como 'descontrolado'
Publicado em 22/6/2022 - 22h46
Mariana Godoy detonou, ao vivo, o procurador Demétrius Oliveira de Macedo, responsável por agredir a própria chefe no interior de São Paulo. A âncora do Fala Brasil quebrou o protocolo, lamentou o caso e destacou o episódio de desrespeito: "Isso é uma pessoa descontrolada, completamente fora da razão e que não pode estar em um cargo público", definiu.
"Covardia", concordou Lair Rennó, que também apresentava o jornal ao lado de Mariana. "Quem sofre assédio moral, sexual, qualquer tipo de assédio em um ambiente de trabalho, tem o departamento de recursos humanos, tem o setor administrativo, tem o chefe, outros chefes para reclamar. Existe uma sequência de atitudes", orientou a jornalista.
"Jamais partir para a ignorância e para a violência física como esse procurador fez. E ele é um procurador. Ele não é uma pessoa ignorante. Ele tem conhecimento", destacou Mariana na sequência, demonstrando perplexidade diante do caso. Rennó concordou mais uma vez: "Tem um caminho para isso, se for o caso".
Veja a cena completa com a fala de Mariana ao vivo no vídeo abaixo:
Ao vivo no #FalaBrasil: socos e chutes. Procuradora-geral é agredida por funcionário
— Fala Brasil (@falabrasil) June 22, 2022
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A revolta de Mariana Godoy durante a transmissão do Fala Brasil não foi à toa. Antes de o público assistir a jornalista quebrar o protocolo, foram exibidas imagens que mostravam as agressões de Macedo contra a chefe --a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros. Trata-se de um vídeo gravado dentro da prefeitura de Registro, interior de São Paulo, onde ambos trabalhavam.
Demétrius aparece espancando Gabriela, que teve a ajuda de outras mulheres --também empurradas por Macedo-- para se proteger. Pouco após as agressões, a procuradora-geral fez uma foto com o rosto ensanguentado e postou nas redes sociais.
De acordo com a própria Gabriela em entrevista à TV Record, Macedo já tinha apresentado comportamento inapropriado com outras funcionárias anteriormente, o que levou a procuradora-chefe a enviar um memorando à Secretaria Administrativa, a fim de abrir um procedimento administrativo para apurar o caso, o que foi feito. As agressões aconteceram na sequência.
Gabriela abriu um Boletim de Ocorrência, Macedo foi ouvido e liberado pela polícia. A Prefeitura de Registro emitiu, por meio do Diário Oficial, a portaria Nº 525/2022, que determinou a suspensão preventiva de Macedo do trabalho. Ele ficará suspenso por um mês, a contar da data da agressão (21 de junho) e não terá direito ao salário no período.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), o Colégio de Presidentes e a OAB-SP emitiram uma nota lamentando o ocorrido e mostrando preocupação com o caso e afirmaram que consideram excluir Macedo do órgão.
"OAB-SP, que é a instância competente para apurações éticas e disciplinares, abrirá um procedimento para apurar a conduta do procurador autor da agressão. Ao término da apuração, ele pode ser punido até mesmo com a penalidade de exclusão dos quadros da OAB e impossibilidade de advogar e de exercer o cargo de procurador", informa o documento.
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