Márcio Garcia se arrepende de beijo em Bolsonaro: 'Fui tirar sarro e me dei mal'

Márcio Garcia abriu o jogo sobre o vídeo em que apareceu dando um beijo em Jair Bolsonaro. Convidado do Conversa com Bial na madrugada de sexta-feira (24) para sábado (25), o apresentador não deixou claro se votou no político, mas deu indícios de que se arrependeu da brincadeira com o presidente. "Fui tirar um sarro com ele e me dei mal", analisou.

Durante o bate-papo, Pedro Bial questionou qual a posição do comunicador em relação ao atual governo. "Eu sou aquele cara assim... Eu sempre procuro ver o melhor de cada um, eu falo isso para os meus filhos: até a pessoa que é presa de fato, enjaulada, encarcerada, eu acho que todo mundo merece ser ouvido. Odeio julgar, quem dirá condenar", começou ele.

O comandante do The Voice Kids, então, citou o vídeo que viralizou na web em junho de 2020. "Tem uma história minha que muita gente deve ter visto, eu posso falar abertamente, um beijo que eu dei no Bolsonaro. Isso foi um evento", afirmou ele.

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"Fui fazer uma brincadeira com ele por causa da homofobia. Ele pediu uma foto, e eu falei: 'Só se for beijando, mas não vai se apaixonar que eu já sou casado'. Fui tirar um sarro com ele e eu me dei mal porque o que ficou registrado foi a cena do beijo", explicou Garcia.

"Já me aproximei de outros políticos, que eu até defendi em algum momento. O que fica dessa história? Eu não tenho politico de estimação e jamais terei", soltou o funcionário da Globo.

Bolsonaro e Márcio Garcia no vídeo

"Eu jamais vou defender cegamente alguém que eu tenha apoiado, porque a pessoa que mais merece cobrar dele sou eu, que dei o voto. Se eu dei o voto pra alguém, eu tenho que cobrá-lo", alegou ele, sem deixar claro se votou no atual presidente.

"O que não dá pra ter de forma alguma é a gente colaborar com atitudes que façam desdém da saúde, que sejam desrespeitosas. Eu acho que qualquer pessoa, seja ela já condenada, ela tem que ser tratada como ser humano. Todo mundo merece ser ouvido", defendeu o apresentador.

"E eu sempre vou torcer, porque eu moro aqui. Já pensei em me mudar do Brasil, sim. Não quero me mudar do país e torço pra dar certo", revelou ele, que continuou:

Eu acho que os dois, falando aqui abertamente, direita e esquerda... Não sou de direita, mas também não sou de esquerda. Eu posso estar mais tendencioso pra um lado. Os dois lados têm o lado bom e o lado ruim.

"A gente tem que parar com a polarização e entender que todos queremos a mesma coisa: o bem do nosso país. Eu não acredito que alguém que pense diferente de mim queira o mal pro país. A democracia tá em ouvir", arrematou Garcia.

Durante a entrevista, o apresentador também falou sobre Reação em Cadeia, filme sobre corrupção que dirigiu. Ele ainda comentou o trabalho no The Voice Kids e se emocionou quando citou o pai, que morreu em dezembro em decorrência da Covid-19.