No Altas Horas
Reprodução/TV Globo
Maju Coutinho participou do Altas Horas no sábado (16) e falou que foi professora de escola pública
REDAÇÃO
Publicado em 17/3/2019 - 8h17
Convidada do Altas Horas, Maria Júlia Coutinho fez algumas revelações no programa de Serginho Groisman de sábado (16). Entre elas, disse foi professora de escola pública antes de entrar na Globo e que teve pânico quando estreou na bancada do Jornal Nacional, há um mês.
"Quando a música começou, começou a me dar um pânico e comecei a lembrar do jornal que eu assistia desde pequena e tudo o que eu passei. De repente eu ali: 'Gente, agora não dá pra fugir... Boa noite!'", contou a jornalista de 40 anos.
Maju Coutinho foi a primeira mulher negra a apresentar o principal telejornal da Globo. A estreia aconteceu no mês passado. Em 2017, a moça do tempo passou quatro meses em testes para fazer seu debute à frente do Jornal Hoje.
Alvo de críticas e racismo, ela revelou também no Altas Horas seu segredo para não se abalar: faz terapia há 20 anos. "Acho que isso me ajudou muito a me blindar, a me proteger, a seguir em frente e a fechar os ouvidos quando as bobagens são ditas. Quando coisas criminosas são ditas eu também sei como agir."
Ela disse a uma jovem da plateia que a chamou de "ícone" que não não se vê assim. "Acho curioso, engraçado e, às vezes, fico assustada de ouvir 'ícone'. É uma coisa que eu nunca imaginei, mas agradeço", disse.
Outra estudante da plateia a questionou como foi conseguir chegar ao posto que ocupa na TV sendo uma mulher negra. "É uma batalha. Aquela história que virou meio clichê de que você tem que fazer o dobro é totalmente real. Você tem essa sensação quando você nasce uma mulher negra no Brasil."
Maju contou que é de uma família de classe média baixa que focou muito na educação dos filhos e que foi isso que a levou para o lugar onde está. "Foi a minha avó doméstica que pensou isso lá atrás, quando ela botou os filhos para estudar, e meus pais que continuaram nessa levada."
Filha de professores, ela foi orientada a fazer Magistério. "Só que eu fui um fracasso. Eu lidava com uma turma de quarta série que eu era mais a irmãzinha mais nova deles e não tinha o controle que minha mãe como professora sempre teve", disse.
A jornalista afirmou, inclusive, que trabalhou em escola pública e privada. "Trabalhei na Prefeitura de São Bernardo do Campo [Grande SP], eu passei em um concurso lá, e em uma escola particular que era método montessoriano, que foi o método com o qual eu fui alfabetizada", revelou.
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