Impasse entre Globo e CBF pode deixar 1º jogo do Brasil após a Copa fora da TV

Um impasse entre a Globo e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pode deixar o primeiro jogo da Seleção Brasileira sem transmissão na TV. A emissora e a entidade máxima do futebol brasileiro não têm contrato vigente para exibir jogos de futebol masculino do Brasil. Existem conversas em andamento para a partida contra o Marrocos, no próximo dia 25, mas ainda não há acordo.

Segundo apurou o Notícias da TV, o último contrato foi assinado em outubro de 2017 e tinha validade até dezembro de 2022. Pelo antigo acordo, a Globo mostrou nove jogos em casa nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 e 28 amistosos para o Brasil com exclusividade em TV aberta e TV por assinatura.

A emissora pagou cerca de R$ 20 milhões por ano. Diferentemente de outros acordos, não houve negociação durante a pandemia. A emissora, no entanto, pagou mais por conta dos reajustes da inflação pelo período. A última partida do contrato foi antes da Copa do Catar, em setembro de 2022, contra a Tunísia.

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A entidade terá pelo menos nove jogos de Eliminatórias para vender, mas o formato ainda não foi definido, o que dificulta a negociação. Hoje, existe uma conversa para definir a situação do jogo contra o Marrocos. Só depois serão colocadas na mesa as condições para um contrato mais longo.

O impasse está no valor cobrado pela CBF por essa única partida. A Globo não está disposta a investir muito em apenas um jogo. Além disso, o amistoso está marcado para acontecer às 15h, horário que exigiria uma mudança na grade de programação da emissora.

A situação lembra o que aconteceu em 2017. Na época, a Globo deixou de ter os direitos de amistosos da Seleção por não aceitar o valor pedido pela CBF. Para não deixar partidas contra a Argentina e Japão sem transmissão na TV aberta, a entidade fez acordo com a TV Cultura e a TV Brasil. 

Procurada pelo Notícias da TV, a Globo não comentou o assunto. 

Globo já tem Copa de 2026

Para o próximo ciclo de Seleção, a Globo só tem comprados até o momento os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México. O acerto foi feito com a Fifa (Federação Internacional de Futebol) no ano passado. 

Mas o novo acordo contempla algo que não acontecia desde 2002. O conglomerado de mídia abriu mão da exclusividade do campeonato em todas as mídias --TV aberta, TV por assinatura e mídias digitais. Com esse contrato, a emissora economiza milhões de dólares.

Na internet, a Globo já havia deixado de ter exclusividade no ano passado, o que permitiu que o streamer Casimiro transmitisse as partidas da Copa do Catar. A novidade passa a ser na mídia tradicional, em que a emissora reinou com a Copa nos últimos anos. Com isso, o caminho passa a ficar aberto para concorrentes como Band e SBT.