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PARALISAÇÃO SEGUE

Grevistas acusam RedeTV! de contratar novos funcionários e negar direitos

REPRODUÇÃO/REDETV!

Marcelo de Carvalho no estúdio do Mega Senha, com um terno azul e uma gravata cinza, na sede da RedeTV!

Marcelo de Carvalho, um dos donos da RedeTV!: radialistas da emissora seguem em greve e acusam TV

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 10/9/2021 - 13h48

A greve de radialistas na RedeTV! está longe do fim. Não houve avanços em negociações até esta sexta (10), e a relação entre as partes segue complicada. O Sinrad (Sindicatos dos Trabalhadores em Radiodifusão e TV de São Paulo), que organiza a greve, diz que a emissora contratou funcionários para repor as vagas dos trabalhadores que estão parados. A TV de Amilcare Dallevo Jr e Marcelo de Carvalho nega a acusação.

O Sinrad também denuncia que a RedeTV! mentiu ao dizer que o Sindicato recusou propostas para aumento salarial entre 2018 e 2020. A alegação é de que os diretores não queriam pagar e garantir, nos acordos coletivos, direitos trabalhistas que são essenciais, como fim de aviso prévio para trabalhadores com mais de 45 anos e não pagamento de adicional de tempo de serviço para quem tem cinco anos de contrato.

Em entrevista para o Notícias da TV, o diretor-coordenador do Sinrad, Sérgio Ipoldo Guimarães, confirmou os pontos dos grevistas. O sindicalista promete provar as alegações na Justiça, apresentando nomes e funções de quem foi contratado para o lugar de quem está parado.

"Não é verdade que simplesmente recusamos as propostas desde 2018 com o sindicato patronal. Aceitamos em todos esses anos os índices propostos por eles. Recusamos a retirada de várias cláusulas, como adicional de tempo de serviço (quinquênio), estabilidade de várias situações, fim do aviso prévio para o trabalhador com mais de 45 anos, implantação de banco de horas, entre outros", comenta Guimarães.

"A empresa está, sim, contratando pessoas para substituir grevistas. Portanto, ela mente descaradamente. Vamos apresentar nomes ao tribunal", promete o líder sindical. Ele também negou a alegação da RedeTV! de que a greve seria ilegal: "Informamos a paralisação dentro do prazo. Não existe greve ilegal, ou ela é abusiva ou não. Que eu saiba, a TV está no ar, por enquanto".

RedeTV! nega substituição de grevistas

Para a Justiça do Trabalho, a RedeTV! negou que tenha contratado gente para substituir grevistas. Os advogados dizem que quatro nomes foram adicionados ao quadro de funcionários, em contratações que já estavam previstas anteriormente para acontecer.

"A suscitante (RedeTV!) reitera que jamais praticou qualquer ato antissindical e, muito menos, buscou a contratação de novos empregados para substituição dos trabalhadores grevistas. Essa é mais uma irresponsável inverdade assacada [pelo Sindicato] contra a suscitada pelo suscitante!", diz a TV.

"No dia 1/9/2021, foram contratados apenas 4 (quatro) empregados, dos quais 2 (dois) já integravam o quadro de funcionários da suscitada como estagiários e foram efetivados, além de 2 (duas) contratações, sem nenhum intuito de substituir trabalhadores grevistas. A alegação mentirosa do suscitante é pueril!", afirma a emissora.

Nas últimas 24 horas, o Sinrad não respondeu a proposta da RedeTV!, que sugeriu um aumento de 7,70% no salário --o que equivale a reposição de inflação entre 2018 e 2020. O valor foi considerado "baixo e ridículo" pelos grevistas. As negociações para o fim do movimento não avançaram.

A greve na RedeTV! teve início em 31 de agosto. Funcionários reclamam dos baixos salários e pedem um aumento real. Por exemplo, um operador de câmera da emissora recebe um salário base de R$ 2 mil, enquanto a média paga pelas concorrentes é de R$ 3.200.

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