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NA BAHIA

Golpe do pix: Repórter e produtor da Record são indiciados por estelionato

Reprodução/Instagram

Marcelo Castro no cenário do Balanço Geral Bahia

Marcelo Castro no cenário do Balanço Geral Bahia; repórter foi indiciado por aplicar golpe do pix

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/6/2023 - 13h57
Atualizado em 21/6/2023 - 10h40

O repórter Marcelo Castro e o produtor Jamerson Oliveira, da afiliada da Record na Bahia, foram indiciados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os dois são acusados de aplicar um golpe do pix e desviar dinheiro de uma campanha da emissora destinada a ajudar uma menina com câncer

Em entrevista coletiva na manhã desta terça (20), o delegado Charles Leão, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), detalhou que os dois ex-funcionários da TV Itapoan e um amigo de infância de um dos jornalistas, cujo nome não foi divulgado, foram indiciados pelos três crimes. 

"Eles tiveram, de forma ampla, acesso ao procedimento e, até o presente momento, posso informar que todas as suas alegações trazidas não foram alicerçadas com qualquer documento. Isso dá uma convicção de que acredito nas vítimas do que na afirmativa separada de qualquer fundamento documental ou qualquer outro meio de prova", afirmou o delegado, conforme divulgado pelo Bahia Notícias.

Em nota enviada ao Notícias da TV, Leão também revelou que as investigações são demoradas e que já foram realizadas 61 horas só de oitivas da Polícia Civil. O esforço se deve à quantidade de pessoas envolvidas no caso.

"É uma apuração demorada, mas reforço que o nosso compromisso é somente com a verdade. Já ouvimos 61 pessoas, fora as análises de documentos e a formatação da investigação em si. Há várias pessoas envolvidas, e precisamos estabelecer qual o nível de envolvimento delas. Esse cuidado na prestação da informação é por esse compromisso: para que inocentes não venham a ser responsabilizados", declarou.

Embora existam mais pessoas sendo investigadas, já foram coletadas provas suficientes para o indiciamento dos dois jornalistas e da terceira pessoa. O delegado disse ainda que não entende ser necessário, neste momento, a solicitação de prisão preventiva.

"Se houver qualquer tipo de obstrução, de interferência ou de ameaça, faço o pedido. Inclusive, neste caso, seria caracterizado outro crime, o de coação no curso do processo. Se alguma das vítimas se sentir ameaçada ou intimidada, pode me procurar na delegacia", afirmou.

Procurada pelo Notícias da TV, a Record se pronunciou brevemente sobre o assunto por meio de sua assessoria, mas não entrou em detalhes sobre o indiciamento. "Assim que recebeu as denúncias, a Record TV Itapoan apurou os fatos e tomou todas as medidas legais cabíveis para o caso", declarou em nota enviada ao site.

Entenda o caso

Três profissionais da TV Itapoan teriam desviado dinheiro de doações feitas para uma menina que tratava um câncer e teve seu drama exibido no Balanço Geral Bahia. Estima-se que os golpistas teriam se apropriado de pelo menos R$ 800 mil. 

Os desvios teriam acontecido entre setembro de 2022 e fevereiro deste ano. A Record descobriu o caso através do apresentador José Eduardo Bocão, que recebeu uma reclamação da mãe da criança --que acabou morrendo de câncer após a campanha feita no Balanço Geral. Ela afirmou para a polícia e para Bocão que o pix que apareceu na tela da emissora não era dela.

Em 31 de março, a Record demitiu o repórter Marcelo Castro, por justa causa, sem todos os direitos trabalhistas. O produtor Jamerson Oliveira também foi dispensado.

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