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PLANTA FAZ ISSO?

Globo tenta se desassociar de Nego Di após prisão e minimiza visibilidade dele no BBB

Reprodução/TV Globo

Poliana Abritta está em frente a telão que exibe várias imagens de Nego Di

Poliana Abritta apresenta reportagem sobre prisão do ex-BBB Nego Di no Fantástico deste domingo (14)

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 14/7/2024 - 20h07

O Fantástico deste domingo (14) noticiou a prisão de Nego Di, mas não se esforçou para lembrar o público de que o comediante foi um dos participantes do BBB 21. A reportagem da revista eletrônica só o chamou de "ex-BBB" uma vez, preferindo classificá-lo de "influenciador" --termo utilizado quatro vezes.

Poliana Abritta, que comanda o dominical sozinha enquanto Maju Coutinho grava uma reportagem especial na África, sequer fez referência ao reality de confinamento da Globo. A emissora também não exibiu nenhuma imagem dele no confinamento, optando por vídeos de suas redes sociais.

"O influenciador Dilson Alves da Silva Neto foi preso hoje em Santa Catarina, acusado de estelionato. Nego Di é suspeito de vender produtos pela internet e não entregá-los. Um prejuízo aos clientes de R$ 5 milhões. Segundo a Polícia, o seu sócio, Anderson Boneti, está foragido", disse a âncora.

A associação de Nego Di ao BBB seria prejudicial para a emissora pois, segundo o chefe de polícia Fernando Sodré, ouvido pela reportagem, o comediante usava de sua visibilidade para vender eletrodomésticos de sua loja virtual, a Tadizuera. Os produtos nunca foram entregues.

"Ele, na verdade, aproveitava a aparência pública que ele tinha, o conhecimento público dele, a condição de influencer que ele tinha, para conseguir ter facilidade de angariar recursos das pessoas. E, como eu disse insisto, muitas delas pessoas humildes", disse Sodré ao Fantástico.

Nego Di entrou no BBB 21 como Camarote, o grupo de celebridades do reality, mas era pouco conhecido fora do Rio Grande do Sul e de fãs de comédia. Ele só ganhou visibilidade nacional como participante do programa --do qual acabou eliminado com 98,76% de rejeição.

A única referência de Dilson Alves da Silva Neto como "ex-BBB" saiu da repórter Carol Fernandes, que cobriu a prisão dele in loco, em Florianópolis. Mesmo assim, ela preferiu chamá-lo de "influenciador".

"Policiais do Rio Grande do Sul viajaram até Santa Catarina para cumprir o mandado de prisão preventiva. O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi detido numa casa na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis", começou a jornalista.

"Segundo as investigações da polícia gaúcha, o ex-BBB cometeu estelionato ao vender produtos por meio de sua loja virtual, Tadizuera, que nunca foram entregues. Segundo a polícia, o site de Nego Di operou entre março e julho de 2022. Fez aproximadamente 370 vítimas e causou um prejuízo de R$ 5 milhões", continuou a repórter.

"Nego Di foi trazido aqui para o Fórum de Florianópolis, onde passou por uma audiência de custódia. A Justiça catarinense confirmou a legalidade da prisão. Em seguida, o influenciador foi levado para o Rio Grande do Sul", falou Carol.

"Em relação ao caso de estelionato, que levou à prisão de Nego Di, os advogados esclarecem que estão tomando as medidas legais cabíveis e que o devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento", citou a profissional da Globo em Santa Catarina, lendo trechos do comunicado enviado pela defesa de Nego Di à emissora.

Confira o outro lado na íntegra

"Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.

Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.

Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovado pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.

Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade."


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