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Nego Di em foto publicada nas redes sociais; ele é suspeito de fazer venda "fantasma" nas redes
Nego Di foi preso neste domingo (14), na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. Ele é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de eletrodomésticos por meio de uma loja virtual da qual ele era proprietário. De acordo com a investigação da Polícia Civil, os clientes adquiriram e pagaram pelos produtos --como televisões e aparelhos de ar-condicionado--, mas eles nunca foram entregues.
A investigação aponta que não havia estoque dos produtos em questão, e, mesmo assim, o site permitia que a venda fosse efetivada. Diante de reclamações, o próprio Nego Di prometia que as entregas seriam feitas --apesar de saber que não seriam. As informações foram divulgadas ao G1.
A loja virtual em questão, Tadizuera, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 --quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nesse período, a Polícia afirma que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas à loja passou de R$ 5 milhões.
Ao Fantástico, a defesa de Nego Di afirmou que está tomando as medidas legais cabíveis sobre o caso e pediu que qualquer tipo de pré-julgamento seja evitado. Confira o comunicado assinado por Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula na íntegra:
"Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.
Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.
Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovado pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.
Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade."
Com a prisão, o humorista prestará os esclarecimentos necessários à Polícia. Ainda de acordo com os dados divulgados pelas autoridades, ele teria sido intimado a depor várias vezes, mas nunca compareceu à delegacia.
O sócio de Nego Di na empresa, Anderson Boneti, também teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele foi preso na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas solto dias depois.
As autoridades policiais estimam que o prejuízo dos 370 clientes lesados seja superior a R$ 330 mil. Acredita-se, porém, que outras pessoas tenham sido vítimas do esquema, mas não tenham procurado a polícia.
Além da suspeita de estelionato, Nego Di também foi alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. A partir de rifas ilegais na internet, o humorista teria lavado cerca de R$ 2 milhões.
Mandatos de busca e apreensão foram emitidos. A Polícia recolheu documentos e celulares para ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo influenciador.
Uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, foi apreendida. Gabriela Sousa, a mulher do influenciador, foi presa em flagrante. Ela acabou solta após pagar fiança de R$ 14 mil.
Ao Notícias da TV, a defesa do influenciador e da estudante afirmou que não teve acesso aos autos até o momento. "A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados", declararam os quatro advogados.
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