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SEM DIRETORES

Globo rebaixa BH e Recife para economizar após demissões no Jornalismo

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Ricardo Villela na Globo

Ricardo Villela, diretor-executivo de Jornalismo, vai acumular função após demissões na Globo

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 12/4/2023 - 7h00

A Globo decidiu rebaixar Recife e Belo Horizonte após a série de demissões que fez na semana passada. A líder de audiência vai abolir o cargo de diretor de Jornalismo nas duas capitais para economizar. Os executivos Marcelo Moreira e Jô Mazzarolo não terão substitutos. Os atuais chefes de Redação seguem nas funções, mas passam a se reportar ao Rio de Janeiro. 

Segundo apurou o Notícias da TV, os chefes de Redação vão cuidar do dia a dia da equipe e tomar decisões mais burocráticas sobre reportagens, linha editorial e contratações de profissionais. As escolhas de apresentadores e de repórteres, além de outras decisões relevantes, só serão tomadas pelo comando na capital fluminense.

Ricardo Villela, diretor-executivo de Jornalismo da Globo, é quem vai acumular a função e será uma espécie de chefão das duas capitais. No Recife, a chefia de Redação será de Angélica Tasso. Já em Belo Horizonte, Virgílio Gruppi vira o número um local. Ambos já ocupam o cargo. Os profissionais, no entanto, não terão aumento de salário após o remanejamento.

Além de economizar, a Globo quer centralizar as decisões. Moreira e Jô tinham altos salários e mais de 20 anos de emissora. Tinham autonomia em suas praças e podiam tomar decisões sem consultar o comando no Rio de Janeiro. 

Jô Mazzarollo era a diretora de Jornalismo mais antiga no cargo. No comando da filial nordestina desde 2000, a gaúcha já vinha sendo criticada nos bastidores por seu modelo antigo de comando e por oferecer baixos salários para apresentadores. O NE1, telejornal da hora do almoço, chegou a ter seis trocas de âncoras em um ano.

Já Marcelo Moreira estava na empresa desde 2009, quando entrou como chefe de reportagem da editoria Rio de Janeiro. Ele se tornou editor-chefe do RJ1 em 2009, ano em que teve a missão de tornar o noticiário mais próximo da população para impedir o avanço na audiência do Balanço Geral, então apresentado por Wagner Montes (1954-2019), na Record.

As ideias de Moreira deram certo, e ele ganhou mais prestígio. Em 2019, virou diretor de Jornalismo em Minas e promoveu uma reformulação nos telejornais locais, que também perdiam para a Record em Belo Horizonte. 

Procurada pelo Notícias da TV para falar sobre a extinção dos cargos de diretores no Recife e em Belo Horizonte, a Globo enviou um comunicado padrão sobre as demissões que fez e justificou que tudo isso acontece por questões econômicas. 

"A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso, no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa", diz a nota.

"Os resultados da Globo refletem a boa performance do conjunto das suas operações e uma constante avaliação do cenário econômico do país e dos negócios. Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento", completa a emissora.

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