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SEGREDO DE JUSTIÇA

Globo é proibida de exibir documentos da 'rachadinha' de Flávio Bolsonaro

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O senador Flávio Bolsonaro segura o microfone enquanto discursa

Flávio Bolsonaro em imagem exibida no Jornal Hoje nesta semana; Globo sofreu proibição da Justiça

REDAÇÃO

Publicado em 4/9/2020 - 20h36

Após uma ação da defesa do senador Flávio Bolsonaro, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu que a Globo está proibida de mostrar documentos ou peças relacionadas às investigações de um suposto esquema de "rachadinha" na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). A justificativa é que o processo corre em segredo de Justiça.

A informação foi publicada pela coluna Radar, da revista Veja, nesta sexta-feira (4). A petição contra a Globo foi protocolada pelos advogados Rodrigo Roca e Luciana Pires e aceita em tutela provisória pela juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

O Notícias da TV entrou em contato com a Globo e questionou se a emissora vê a decisão como uma forma de censura e se vai recorrer, mas ainda não teve uma resposta até a publicação deste texto.

Na última segunda-feira (31), o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público do Rio de Janeiro concluiu a apuração do suposto esquema de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente senador.

A investigação, que corre sob sigilo, foi encaminhada ao procurador-geral de Justiça do RJ, Eduardo Gussem, e os autos foram remetidos à Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos.

O Ministério Público apurou envolvimento de Flávio Bolsonaro e seu grupo em peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Por ser senador, o político ganhou foro especial e o caso foi para a segunda instância. O filho do presidente da República é suspeito da prática de "rachadinha", quando servidores públicos devolvem parte do salário ao parlamentar.

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, é apontado pelo MP como operador financeiro do suposto esquema. A Globo noticiou a conclusão das investigações na segunda-feira, e a repórter Andréia Sadi informou no dia seguinte que o órgão vai discutir nos próximos dias se denuncia ou arquiva as investigações.

Segundo a jornalista do Grupo Globo, "em Brasília, entre políticos, incluindo integrantes do governo Bolsonaro, a expectativa é por denúncias de envolvidos no caso Queiroz".

Flávio Bolsonaro incomodado com vazamentos

Sobre a investigação do esquema de "rachadinha", a defesa de Flávio Bolsonaro argumenta que os promotores do Gaecc manobraram as investigações e que "o grupo não poderia investigar o senador Flávio Bolsonaro, o que acarretou em uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público devido a designação espúria para que o referido grupo permanecesse investigando o parlamentar".

A mesma nota dos advogados já reforçava o descontentamento do político com o vazamento das informações sobre o caso na imprensa, que ao exibir documentos a que tem acesso faz apenas o seu trabalho.

"A investigação já havia se encerrado com a oitiva do senador Flávio Bolsonaro. Existe ainda procedimento junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) para apurar os constantes vazamentos do procedimento que tramita sob sigilo", explicou a assessoria do senador.

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